As ligações de telefones fixos para móveis vão ficar mais baratas a partir do dia 25 de fevereiro até 12% nas chamadas locais e até 7% nas interurbanas. Segundo a Anatel, 23 milhões de assinantes devem ser beneficiados.
Telefone fixo está ficando cada vez maios raro nas casas dos brasileiros. Em 2017, a rede de telefonia fixa no Brasil teve uma redução de 1,3 milhão de linhas.
2018. O telefone no canto da sala não tocou o dia inteiro.
1978. A vaga de telefonista foi um prêmio.
“Ivana, boa tarde”.
Já se passaram 44 anos e a Ivana não esquece de como se sentiu.
“Era o canal que tinha na época de as pessoas entrarem em contato com outras, com a empresa e mesmo as pessoas. Dentro de casa e na empresa era fundamental, a gente não tinha internet, a gente não tinha outra forma, era só o telefone”.
1985. O modelo padrão da rede telefônica era objeto de desejo. Quem tinha, ostentava. Colocava no álbum com as crianças, como se fosse da família.
A história do telefone conta um pouco da história da vida da gente. De como mudou o jeito da gente se comunicar. Nos anos de 1940, 1950, telefone era coisa rara de ver e só se falava absolutamente o necessário.
No final dos anos 70, começo dos 80, eles foram ficando mais comuns. Mas o toque em casa era um luxo. Nem todo mundo podia ter uma linha ou pagar as ligações. No final dos anos 90 eles se tornaram mais populares.
E, desde que a gente começou a carregar o celular para todo canto, poder falar com quem quiser, a hora que quiser, os telefones fixos, em casa, estão quase mudos.
Na casa da Patrícia ainda toca. E ela já sabe quem é.
“É minha mãe. Só ela que me liga. Até o meu marido fala: ‘atende que é sua mãe’. Todo mundo já sabe só a minha mãe que liga aqui pra casa mesmo, o restante é tudo pelo celular”, conta a fisioterapeuta Patricia Simeão.
Ele, o celular, foi o dado que mudou o cenário das comunicações do Brasil. Enquanto a rede móvel expande com 239 milhões de linhas, vemos a rede fixa sumir do mapa. Em 2017 caiu para 40 milhões de pontos.
“Os telefones fixos vão passar a ser operados por computador ou dentro do próprio smartphone. A gente vai usar, vai ter acesso a linha fixa, mas de forma diferente. Os aparelhos que a gente está acostumada a ver em cima da mesa tendem a sumir”, afirma Rubens Branchini Martins, diretor comercial de marketing.
G1