Iniciar o ano com o nome sujo não é bom para ninguém, principalmente diante desse cenário de pandemia e fechamento de comércio. Por isso, é sempre bom estar com o nome limpo. Dados do Serasa através do estudo ‘Bolso dos Brasileiros’, apontam que mais de um quarto dos paraibanos estão com o ‘nome sujo’ no Serasa, ou seja, como o estado tem cerca de quatro milhões de pessoas, são cerca de um milhão de inadimplentes com dívidas pessoais que giram em torno de R$ 1,1 mil, colocando a Paraíba em 16° lugar no ranking do número de negativados no Brasil. Especialistas consultados dão dicas de como, tirar o seu nome do Serasa e voltar a ter crédito.
Segundo Nathalia Dirani, gerente do Serasa, na Paraíba existem aproximadamente 2,9 milhões de dívidas ativas. A gestora detalha alguns aspectos apontados pelo estudo, que fala muito sobre o contexto atual. São números que expressam os desafios enfrentados em um dos momentos mais difíceis dos últimos tempos. “A pandemia impactou o bolso do consumidor de diferentes formas. Pelo menos 38% dos entrevistados afirmam que tiveram diminuição na renda, 45% perceberam que a renda não alterou e 17% declararam aumento. No entanto, esse número está longe de ser positivo quando se percebe que metade dos entrevistados declarou aumento em seus gastos”.
Ao comentar a pesquisa a gerente do Serasa traz ainda outros pontos, que mostram uma mudança de percepção das pessoas. “Hoje 71% dos brasileiros concordam que dão mais valor ao dinheiro guardado e 64% cuidam melhor do dinheiro que antes da pandemia. Além disso, 54% dos entrevistados afirmaram gastar muito com coisas desnecessárias antes, ou seja, a pandemia trouxe uma reflexão da relação dos brasileiros com as finanças como um todo”.
Já Mariana Perez, especialista em renegociação de dívidas, revela que uma forma de melhorar sua situação financeira é renegociar ás dividas entrando em contato com a empresa e propor uma negociação. A negociação, inclusive, é a regra de ouro para os endividados. Para quem já está enroscado com dívidas de cartão de crédito ou cheque especial a melhor saída é sentar para negociar. Se puder oferecer algum valor como entrada, melhor ainda.
Já para aqueles que ainda não entraram no vermelho, mas já têm certeza que não conseguirão pagar alguma parcela que está para vencer, a negociação torna-se mais urgente ainda. Por fim, Perez também aconselha que os endividados comecem a quitar suas dívidas sempre por aquelas de primeira necessidade (como água, luz e aluguel), para que possa continuar trabalhando e gerando renda. E também pelas mais baratas. “A pessoa cria uma confiança de que consegue pagar. Consegue sair do vermelho, e começar uma vida nova, inclusive com acesso a crédito”.
Redação