Com o vale-refeição durando uma média de 13 dias, a solução tem sido fazer a própria comida e levar a marmita para o trabalho. O dado é da Sodexo Benefícios, que apontou ainda que a ‘quentinha’ superou o prato feito (PF) oferecido nos restaurantes e já foi adotada por 65% dos trabalhadores. Nutricionista do Hapvida, Sonalle Carolina explica que além da economia, a tendência traz benefícios para a saúde.
Ela conta que a maioria dos restaurantes prioriza o sabor, fazendo uso de muitos temperos industrializados, frituras, molhos e embutidos, opções que não são indicadas para consumo diário, e que podem ser facilmente controladas quando se faz a própria comida. “Uma alimentação em casa deve priorizar temperos naturais, menos gordurosos, com opções mais saudáveis, como o azeite no lugar do óleo”, lista.
Bom, barato, de fácil preparo e com apelo popular: em um País que cada estado possui sua tradição alimentar, o combo arroz, feijão e carne se destaca por ser típico nas quatro regiões. A nutricionista aponta que o trio é rico em nutrientes e pode ser sempre uma opção na hora de preparar a comida, juntamente com legumes e verduras.
“O arroz e o feijão são fontes de inúmeros benefícios; são ricos em fibras e ferros, fontes de carboidratos bons. A junção deles gera a proteína, pois o aminoácido presente em um não tem em outro. A carne e os legumes também possuem nutrientes importantes”, ressalta.
Para intensificar os benefícios, Sonalle lista algumas dicas. Ela conta que o arroz não precisa ser integral, mas pode conter fibras, como chia, quinoa, assim como brócolis, legumes e outros vegetais. Já a salada não deve ser armazenada com o restante dos alimentos, indo em outro pote – o que evita que ela absorva umidade. Mais em conta, a carne suína deve ser preferencialmente magra e o consumo da coxa e sobrecoxa de frango é mais saudável sem a pele, que retém maior gordura. O fígado é também uma opção viável e de preço mais baixo.
Em caso de querer variar o cardápio, as raízes podem substituir o arroz e feijão: macaxeira, inhame, batata doce e purê de jerimum também nutrem, além de terem preços acessíveis e fácil preparo, podendo acompanhar a proteína.
Mais dados
Conforme a pesquisa, 17% dos trabalhadores ainda almoçam em restaurantes, no modelo prato feito, enquanto 14,68% comem em estabelecimentos que calculam o quilo do alimento e apenas 3% vão a restaurantes à la carte. O levantamento também mostrou que as pessoas ficam mais à vontade para ir ao restaurante em momentos de lazer: 43,28% continuam frequentando nos sábados ou domingos, mas não como antes, e 40,52% afirmaram não ter mais condições financeiras para isso.
Da Redação com Assessoria