Os economistas do mercado financeiro elevaram, na última semana, a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que subiu de 5,05% para 5,07%, informou o Banco Central nesta segunda-feira (4), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Ao mesmo tempo, porém, a previsão dos analistas dos bancos para o IPCA de 2011 recuou de 4,94% para 4,92%.
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Deste modo, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Ambas as previsões (2010 e 2011) estão acima da meta central de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais estipulado pelo governo.
Juros
O mercado financeiro manteve, na última semana, a expectativa de que os juros serão mantidos no atual patamar de 10,75% ao ano até o fim de 2010. No ano que vem, porém, a previsão dos economistas é de que o BC volte a elevar os juros. A expectativa do mercado financeiro é de que os juros subam para 11,75% ao ano até dezembro do próximo ano.
Crescimento econômico
Os economistas das instituições financeiras elevaram de novo a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, que passou de 7,53% para 7,55%. Se confirmada, será a maior expansão desde 1985 (7,85%). Para 2011, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira foi mantida em 4,5%.
A expectativa do mercado financeiro para o PIB deste ano começou a subir, com mais intensidade, após o anúncio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o PIB do segundo trimestre deste ano avançou 1,2% na comparação com os três primeiros meses de 2010. No acumulado do primeiro semestre, o crescimento foi de 8,9%, o maior em 16 anos.
Taxa de câmbio
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 permaneceu estável em R$ 1,75 por dólar. Para o fechamento de 2011, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou inalterada em R$ 1,80 por dólar.
Balança comercial
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 subiu de US$ 15 bilhões para US$ 16 bilhões na semana passada.
Para 2011, o BC revelou nesta segunda-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial subiu de US$ 9,95 bilhões para US$ 10 bilhões de superávit.
No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 foi mantida em US$ 30 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil permaneceu estável em US$ 38 bilhões.
G1