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Mulheres buscam espaço no mercado de tecnologia, dominado por homens

O Dia Internacional da Mulher foi comemorado no último dia 8 março. Desde que a data foi concebida, entre o final do século 19 e o início do século 20, as mulheres conquistaram mais espaço na sociedade, assim como liberdades e direitos. Ainda que o combate ao machismo e a uma sociedade patriarcal já tenha dado muitos frutos, é triste saber que a mulher ainda tem precisado lutar, dia após dia, para conquistar o respeito em muitos âmbitos, inclusive em segmentos específicos do mercado do trabalho.

 

No ramo da tecnologia da informação (TI), ainda são poucas as mulheres que conseguem um espaço e, mesmo quando conseguem, ainda é necessário provar o seu valor como profissional, apenas por conta de seu gênero. Paula Portela é uma das mulheres que já estão consolidadas em sua área. Formada em redes de computadores, ela atua como gestora de negócios em um uma empresa de TI especializada em food service, responsável por desenvolver sistemas e aplicativos para restaurantes e outros negócios do setor alimentício.

 

Atuando nesta empresa cinco anos, Paula começou a sua trajetória na área técnica, mas passou por todos os outros setores, como suporte técnico e desenvolvimento de softwares. Hoje, ela atua com negócios por conhecer bem como funcionam todos os processos da empresa, além de ter se destacado pelo bom serviço que tem efetuado. A história dela com o ramo da tecnologia, entretanto, começou há pelo menos 10 anos.

 

“No colégio, eu sempre pensei na área acadêmica, só que quando eu fui fazer vestibular, eu pensei na área tecnológica porque eu sempre fui muito curiosa”, relata Paula. Ela conta também que sempre se considerou “buliçosa” e não eram raras as vezes em que pegava seu notebook somente para explorá-lo, conhecendo melhor a tecnologia do aparelho. Ela admite que, na época, foi uma escolha incerta, mas acabou identificando-se com a área de redes. Logo em seguida, fez um mestrado em Engenharia da Computação e, só então, percebeu que gostava mais de atuar com a tecnologia propriamente dita – e não com a área acadêmica.

 

Atuante na mesma empresa que Paula, Lays Andrade diz que no mercado da tecnologia sempre há a presença de muitos homens. “Às vezes é tranquilo trabalhar com homem, mas infelizmente a gente ainda encontra algum preconceito, como ‘é área para homem, o homem sabe mais’”, esclarece. Lays conta que já viu um cliente ficar surpreso por ser atendido por uma mulher, já que só havia sido atendido por homens até aquele momento. Entretanto, ela concorda com a gerente de vendas no que diz respeito aos avanços da mulher na área.

 

Redação

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