Ano novo tem sempre aquelas previsões. Algum famoso vai ter um ano de consagração, uma catástrofe vai atingir um país e uma guerra vai estourar por aí. No campo automotivo, os pitacos para 2023 são mais certeiros porque podem ter mais fundamentos. Neste âmbito, o portal ouviu especialistas que avaliam se esse momento é o ideal para vender ou comprar seu usado ou novo.
Segundo o analista de mercado automotivo, Márcio de Lima Leite, atualmente o mercado está aos poucos mostrando uma regularização em seus fatores produtivos. “O marketplace mesmo em baixa mostra uma recuperação gradativa dos efeitos da saúde mundial, além também dos conflitos geopolíticos que criaram inúmeras crises globais e principalmente nacionais, onde a falta de semicondutores, fez com que o mercado elevasse o tíquete médio de venda, para assim cobrir as necessidades da montadora e principalmente de componentes, deste modo os veículos encareceram tornando cada vez mais difícil a compra de um zero km. Então nós podemos dizer que o ano de 2021/2022 serviu para regularização do mercado, onde de forma eficiente o setor automotivo se manteve forte e positivo. O chão para 2023 já está bem visível dentro do panorama econômico Brasileiro. É previsto um crescimento mínimo de 5% com base no desempenho do primeiro trimestre de 2022”, disse Lima.
Já o presidente do Sindicato do Comércio de Revendedores de Veículos do Estado da Paraíba (Sinvep-PB) Fábio Santana, as vendas de veículos seminovos e usados na Paraíba alcançaram a marca de 149.122 unidades em 2022. Em comparação com o ano de 2021, houve uma leve redução de 2,9%, quando foram comercializadas 153.531 unidades. Entre os estados nordestinos, a Paraíba apresentou a menor redução. Fábio Santana, explica que o ano de 2021 foi excepcional em vendas, em razão da pouca oferta de veículos zero quilômetro, nas concessionárias, como consequência da pandemia de Covid-19, o que motivou o crescimento do mercado de carros seminovos. “Já esperávamos um desempenho um pouco menor do que o de 2021. Além do excelente desempenho de 2021, no fim de 2022, o crescimento da inadimplência no país fez com que os bancos restringissem o crédito, o que dificulta as vendas”, afirmou.
Ainda segundo Fábio, a Paraíba ficou na quinta posição da região Nordeste, no que se refere ao comércio de veículos. A lista é liderada pela Bahia (422.606), que apresentou um decréscimo de 14,5% nas vendas. O estado com menos unidades vendidas foi o Piauí (84.665), que registrou queda de 11,4%. As vendas de automóveis representaram 52,6% das unidades comercializadas (78.444). Proporcionalmente, houve uma perda de participação, já que em 2021, corresponderam a 55,99% do total. O comércio de motos cresceu 9,2%, chegando a 52.829 unidades, o que representa 35,43% do total de veículos.
Da Redação