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Obama diz que EUA começam a ver luz no fim do túnel

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (2) que os números do desemprego em março mostram que o país começa a ver a luz no "fim do túnel", mas advertiu que ainda persiste o desafio de que os americanos recuperem os empregos.

A primeira economia do mundo criou 162 mil empregos líquidos em março, após os números corrigidos de variações sazonais publicadas na sexta-feira pelo Departamento do Trabalho, em Washington. A cifra é a mais alta desde março de 2007, embora não tenha feito cair a taxa de desemprego, que está em 9,7%.

Obama fez a declaração sobre os empregos americanos em um discurso em uma fábrica de componentes de baterias para veículos ecológicos em Charlotte (Carolina do Norte). Para o presidente, a criação de 162 mil empregos em março nos Estados Unidos foi um dado "alentador".

Apesar de ter afirmado "que o pior da tempestade ficou para trás", Obama advertiu que "ainda há trabalho" por fazer para recuperar a economia, já que quase 8 milhões de americanos perderam o emprego nos últimos dois anos.

– Apesar de termos avançado muito, ainda resta muito caminho a percorrer.

– É óbvio que o mercado americano do trabalho continua muito afetado.

Há quatro meses, a primeira economia do mundo alternou perdas e criações de empregos, o que levava a crer que seu mercado de trabalho se estabilizava. Em março, é possível que os EUA tenham colocado um fim a um longo ciclo de destruições de emprego, que foi o mais devastador desde a década de 1930.

Os Estados Unidos perderam cerca de 8,4 milhões de postos de trabalho, ou seja, 6% de sua população economicamente ativa (com exceção da agricultura), desde o começo da recessão, de dezembro de 2007 a fevereiro de 2010.

Se confirmadas, estas criações de emprego finalmente farão sentir nos lares o efeito da recuperação econômica iniciada em meados de 2009, que beneficiou essencialmente empresas e acionistas, e pouco os trabalhadores assalariados.

Embora a economia tenha recebido a ajuda das 48 mil contratações devidas ao início do censo decenal no país, o setor privado também deu uma contribuição decisiva.

Os economistas destacaram, em particular, a criação líquida de empregos na indústria – 41 mil –o que mostra um restabelecimento do setor mais afetado pela recessão. Os serviços (mais de 85% da mão-de-obra não-agrícola) agregaram 121 mil empregos, enquanto a saúde mostrou um importante aumento de seus efetivos – 27 mil postos de trabalho.

Aaron Smith, da Moody’s Economy.com, afirmou que “as contratações líquidas no emprego temporário, um indicador avançado do mercado de trabalho, aumentaram em 40 mil em março e agora estão em 300 mil a mais com relação ao fosso [observado em] setembro de 2009, um elemento positivo para o crescimento futuro".

No entanto, a taxa de desemprego, estável em 9,7% pelo terceiro mês consecutivo, representa uma mancha neste panorama.

Os dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) já tinham advertido que a redução desta taxa seria um processo longo, devido – entre outros fatores – à dificuldade que os desempregados de longa data têm para encontrar outro trabalho e que os mais desanimados com a crise voltaram a procurar emprego.

r7

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