Desde o ano passado, na Paraíba, vem havendo um crescimento recorde de microempreendedores individuais. Isso se deve as demissões em massa e ao atual momento da economia brasileira. Quem analisa esse cenário é a economista e Gerente de Estratégia do Sebrae-PB, Ivani Costa e o gerente da Unidade de Gestão, Inovação e Competitividade do Sebrae-PB, Elinaldo Macêdo. Segundo eles, em 2020 foram abertas 36.134 microempresas no estado. Já este ano, até 30 de abril, foram abertas 12.614 microempresas, somando 48.748 no período pandêmico.
“Os números não param de crescer e a tendência é que 54% das empresas que passaram por ‘apertos’ ou fecharam as portas na pandemia, reabram as portas por causa da vacinação da população”, comentou Ivani Costa, destacando também que com a pandemia, para uma expressiva parte da população, o empreendedorismo tem se tornado a única fonte para geração de renda familiar. “Com a escassez de vagas em alguns setores, e a falta de novas oportunidades de negócios que surgem no ‘novo normal’, empreender tem sido o melhor caminho para muitas pessoas que perderam seus empregos”.
Já o gerente da Unidade de Gestão, Inovação e Competitividade do Sebrae-PB, Elinaldo Macêdo, frisou que inovar e buscar se adequar ao momento é fundamental para a pequena, média e grande empresa. Ele destacou que no decorrer do último ano, a pandemia trouxe mudanças de hábito no cotidiano do consumidor, o que exigiu alteração na postura do empresariado. E para atender às necessidades dessa demanda, muitos tiveram que sair da zona de conforto e encontrar, na dificuldade, mais “oportunidade”. “A cultura da inovação deve ser perseguida por cada gestor. A gente fala muito da compra e venda, mas também há inovação na fabricação do produto, que pode sofrer modificações; na comercialização, na comunicação. Ou seja, você tem de inovar em várias frentes para que sua empresa seja visualizada”, destacou o analista. Segundo ele, há quem diga que determinada iniciativa de gestão “não é coisa para o pequeno, mas somente para a grande empresa”. Esse discurso, porém, está ultrapassado. “O pequeno tem de acompanhar as boas experiências e os grandes, por sua condição financeira e resultados, puxam esse processo. Visualizar oportunidade não é só coisa de gente grande, mas de empreendedor”, acrescentou.
Redação