Quem pretende viajar nas festas de final de ano deve comprar os bilhetes o quanto antes. Economizar não é fácil em um período de tanta procura, mas deixar para a última hora pode ser ainda pior.
Levantamento do jornal “Agora” mostra que, em uma semana, o preço dos tíquetes chegou a subir até R$ 2.520. Foi o aumento registrado no bilhete de ida e volta entre Guarulhos e Salvador para o Ano-Novo.
A primeira pesquisa foi feita no dia 16 de novembro, e a segunda, uma semana depois, na última sexta-feira. Foram analisadas passagens para o Natal e para o Ano-Novo, com partida em São Paulo e destino em outras cinco cidades do país.
As passagens de Réveillon foram as que tiveram o maior aumento: em média, R$ 562. Em oito dos 20 voos pesquisados, os bilhetes esgotaram.
No Natal, a procura pareceu ser um pouco menor: os preços aumentaram, na média, R$ 330 –e só um voo lotou.
Também tiveram exceções: dois voos ficaram mais baratos e alguns destinos, que tinham bilhetes esgotados, passaram a ser oferecidos (o que costuma acontecer quando abre um voo extra).
Segundo Lenine Lamounier, diretor comercial da Master Turismo, a variação das passagens depende da oferta e da procura e, portanto, é difícil prever o que vai acontecer com os preços.
Ele diz que, para um mesmo voo, o preço varia até 500% entre o início da oferta e a última hora –uma passagem que começa custando R$ 150, por exemplo, pode chegar a R$ 900.
Para o final do ano, ele estima que os preços ainda podem quadruplicar. “Podemos dizer que uma passagem que hoje custa R$ 300 pode chegar a R$ 1200”, diz Lamounier.
Antecedência mínima ideal é de 21 dias
Procuradas pela reportagem, as companhias aéreas confirmam que os preços praticados variam de acordo com a data da compra da passagem e com a procura registrada pelos bilhetes. É possível encontrar variações até no mesmo dia.
A Azul informou que as melhores tarifas são encontradas geralmente com o mínimo de 21 dias de antecedência do voo e que o preço depende de fatores como a sazonalidade, o período da viagem, a data da compra, o preço do combustível –afetado pela cotação do petróleo– e a própria concorrência no setor.
A TAM afirmou que os preços de passagens aéreas variam muito rapidamente e que as tarifas podem se esgotar de um dia para o outro. A Gol informou que “os valores são retratos momentâneos” e que as tarifas flutuam em razão da antecedência e da lotação do voo. A Avianca não comentou o resultado da pesquisa.
Folha
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