Após chegar a subir perto de 2% pela manhã, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, perdeu força à tarde e fechou em alta de 0,32%, a 38.057,02 pontos. Com isso, a Bovespa interrompe uma sequência de duas quedas.
Na véspera, o índice havia caído 1,64%.
Petrobras afunda mais
As ações da Petrobras, que ontem fecharam abaixo dos R$ 5, chegaram a avançar cerca de 3% durante o dia. Depois, com a instabilidade nos preços do petróleo, os papéis inverteram a tendência e fecharam em queda novamente.
As ações preferenciais (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, fecharam em baixa de 2,92%, a R$ 4,66, menor valor desde abril de 2003. As ações ordinárias (PETR3), com direito a voto em assembleia, perderam 2,38%, a R$ 6,15.
Petroleira em crise
Desde seu ápice, em 2008, a Petrobras perdeu cerca de 85% de seu valor de mercado, segundo cálculos da consultoria Economatica.
A estatal enfrenta os efeitos da Operação Lava Jato –que investiga um esquema de corrupção na petroleira– e um alto nível de endividamento, acentuado pelo controle dos preços dos combustíveis pelo governo.
Prejudica também o cenário político conturbado, que deixa investidores pessimistas em relação ao país e suas estatais.
Soma-se a isso, ainda, a queda dos preços do petróleo no mercado global.
Vale sobe
O desempenho positivo da mineradora Vale, por outro lado, foi o que ajudou a manter o Ibovespa no azul. As ações da Vale, assim como as da Petrobras, têm grande peso sobre o índice.
Os papéis ordinários da mineradora (VALE3) subiram 3,26%, a R$ 9,18, enquanto os preferenciais (VALE5) se valorizaram 1,29%, a R$ 7,04.
Dólar sobe para R$ 4,055
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,51%, a R$ 4,055 na venda.
Esse é o maior valor de fechamento desde 29 de setembro, quando a moeda terminou o dia valendo R$ 4,059.
Bolsas internacionais
O principal índice europeu de ações fechou em alta de 1,37% –nas últimas três sessões, havia fechado no menor valor em 13 meses. As principais Bolsas da Europa também fecharam com ganhos.
França: +1,97%;
Inglaterra: +1,68%;
Alemanha: +1,50;
Itália: +1,04%;
Espanha: +1,01%;
Portugal: +0,55%
A Bolsa da China subiu mais de 3%, após o país divulgar crescimento de 6,9% em 2015, dentro do esperado. Isso puxou o avanço dos demais mercados da Ásia e do Pacífico.
China: +3,25%;
Hong Kong: +2,07%;
Cingapura: +1,75%;
Austrália: +0,91%;
Coreia do Sul: +0,6%;
Taiwan: +0,56%;
Japão: 0,55%
Foto: Marcos de Paula/ Estadão
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