Petrobras pretende expandir produção de fertilizantes

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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, voltou a defender que o desenvolvimento da indústria nacional de fertilizantes é de interesse da empresa. Segundo ela, as movimentações da Petrobras nessa direção se alinham ao planejamento estratégico da empresa e serão bastante estudadas.

Uma das missões recebidas por Magda Chambriard ao ser indicada ao comando da Petrobras foi de diminuir a dependência externa de fertilizantes no país. Com agronegócio forte, o Brasil é o quarto maior consumidor e líder em importações destes insumos — ou seja, ninguém o supera quando o assunto é comprar adubo.

O Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes que utiliza. Uma grande parte deles é de nitrogenados, feitos com gás natural. A Petrobras vende gás. Se ela tem um produto que faz sentido ser vendido para fazer fertilizante, nós queremos ajudar a desenvolver o mercado”,

 

Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em 2023 o Brasil importou 86% do seu consumo interno. Foram 39,4 milhões de toneladas de fertilizantes compradas de outros países, frente a uma produção nacional de 6,8 milhões (sendo que uma pequena parcela é exportada).

 

Na avaliação da gestão Magda e do próprio governo Lula, este cenário deixa o país vulnerável a choques externos. Um exemplo recente é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que impactou preço mundo afora e levou insegurança ao agronegócio brasileiro.

 

A empresa considera sua primeira vitória nesta frente a aprovação do retorno das operações da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A (Ansa), no mês passado. A unidade localizada no Paraná está hibernada desde 2020 e tem previsão de retomada de atividades no segundo semestre de 2025.

O foco da Petrobras agora é retomar a produção na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) em Três Lagoas (MS). A companhia avança por um estudo de viabilidade técnica para o projeto, que está hibernado desde 2014. Iniciada em 2011, as obras da fábrica estão 81% concluídas.

 

Enquanto a Ansa pode produzir 720 mil toneladas por ano de ureia e 475 mil de amônia, a UFN-III tem capacidade para 1,3 milhão de toneladas e 800 mil toneladas, para os respectivos fertilizantes. Esta pesagem representa quase 50% da produção nacional atual de adubos.

 

Para viabilizar as operações de Ansa e UFN-III, a Petrobras aposta na exploração de gás na Bolívia. Acontece que ambas as fábricas estão conectadas ao Gasbol, gasoduto que começa em Rio Grande, no país vizinho, se estende por 557 km até a fronteira e atravessa 136 municípios de cinco estados brasileiros.

 

A Petrobras ainda procura solucionar pendências em ativos no Nordeste do país, para as fábricas de fertilizantes em Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE), que estão arrendadas para a Unigel. As partes chegaram assinar em 2023 um contrato que visava a retomada das operações na unidade, mas este foi encerrado em junho deste ano.

Redação com CNN

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