Pix é o meio de pagamento mais utilizado na Paraíba; economistas explicam motivos do sucesso da ferramenta

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No ano passado, o Pix foi o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com base em dados do Banco Central e da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Na Paraíba, o cenário se repete onde esse é o meio de pagamento mais utilizado pelos paraibanos, segundo informa a pesquisa ‘Finanças Regionais: as diferenças na relação com o dinheiro entre os estados do Brasil’, realizada pela Serasa Experian e o instituto de pesquisa Opinion Box.

No brasil, no ano passado foram R$ 24 bilhões de transações, mais que as operações com cartão de débito, boleto, TED, DOC e cheques somadas. Na média, foram 66 milhões de operações diárias com o sistema de pagamento instantâneo, lançado em 2020. O volume financeiro total foi de R$ 10,9 trilhões. Neste quesito, o Pix é o segundo colocado: o TED somou R$ 40,7 trilhões em transações, o que mostra que o tíquete médio da modalidade foi maior.

“As transações feitas com o Pix continuam em ascensão, batendo recordes a todo momento, contribuindo para maior inclusão financeira”, o economista Isaac Sidney, que destaca que o uso da ferramenta em transações de menor valor era previsto quando o Pix foi lançado. “Já para transações maiores, a predileção é pela TED, e ainda há uma parte considerável em valores transacionados por boletos, com R$ 5,3 trilhões”, afirma.

O meio de transferência eletrônica é utilizado por 62% dos participantes do levantamento, produzido em agosto e setembro deste ano, em referência a Paraíba. Em seguida, estão dinheiro em espécie (47%), cartão de crédito próprio (44%), cartão de crédito de terceiros (41%), boleto (32%) e crediário de loja (17%).

Para o economista Acilino Madeira a utilização do Pix frente aos demais meios de pagamento é pela falta de crédito de grande parcela da população, que está negativada, além da praticidade do pagamento digital. Dados da Serasa do mês de julho evidenciam o índice de 38,9% de inadimplência, o que corresponde ao universo de 1,2 milhão de paraibanos. “Se uma pessoa está negativada, ela não vai ter aprovação para receber um cartão de crédito, só vai usar se já tiver um. É um claro sinal de inadimplência o fato de que é quase o mesmo o número de pessoas que usam o cartão de crédito próprio e o de terceiros”, afirmou Acilino.

Redação

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