IPTU, IPVA, boletos de conselhos de classe, matrícula, material escolar e uniforme das crianças nos esperam todo mês de janeiro e sempre pesam no bolso. E muitas pessoas consideram esse período como “janeiro vermelho”. Para falar sobre esse tema e dar dicas de como superar esse período de arrocho financeiro, foram ouvidos os consultores financeiros Carol Stange e Rafael Bernardino que deram dicas de como lidar com as contas de início de ano, que pesam no bolso dos trabalhadores.
Segundo Carol, que se auto intitula como sendo uma educadora financeira, é preciso um planejamento específico para essas despesas de início de ano. “Vamos lá? Aceite que essas despesas não são imprevistos financeiros! Olhamos para essas despesas somente no início de cada ano, mas elas fazem parte da nossa vida financeira e não podem ser consideradas como imprevistos. Essas contas devem, inclusive, ser consideradas no nosso custo mensal, afinal elas fazem parte dos bens e serviços que participam ativamente da nossa vida cotidiana. Se você tem um carro, o pagamento do IPVA é previsto. Se você tem uma casa, certamente o carnê do IPTU chegará, e por aí vai. É uma verdade triste, mas é preciso encará-la de frente”, disse a consultora.
Ela destaca ainda, que é preciso entender o valor total das despesas que vencem nesses primeiros meses do ano! “Fiz uma simulação a seguir para ficar bem fácil de aprender. Despesas de início de ano (em R$) IPTU: 2000; IPVA: 1000; Matrícula escolar: 500; Material escolar + uniforme: 1500; Conselho de classe: 500. Total: 5.500,00 Se dividirmos R$5.500,00 por 12 meses, isso significa uma poupança mensal específica para essas despesas, de R$458,33. Assim, já fica mais fácil de poupar, não é? Se o objetivo é ficar livre das despesas de início de ano, a meta é guardar R$458,33 por mês. Transformar os objetivos em metas é um passo importantíssimo na nossa organização financeira”, afirmou.
Ainda neste sentido, Rafael Bernardino, salienta que depois das festas de fim de ano, muitos trabalhadores já esperam uma fatura de cartão de crédito recheada em janeiro por causa dos gastos referentes às comemorações de Natal e Ano Novo. “O consumidor deve se planejar com antecedência. Todo trabalhador deve guardar cerca de 15% a 20% do seu salário para gastos como esses e outras emergências. Ou, pelo menos, reservar parte do 13o salário para quitar as contas de janeiro”, afirmou Rafael Bernardino. Outra dica importante é controlar as contas, porque quando chega o final do ano há sempre a tentação de se gastar mais do que se tem, correndo o risco das finanças desabarem depois. O economista afirmou que, em alguns casos, ainda é válido fazer um empréstimo consignado. Essa atitude é válida apenas para débitos em que há juros altos em caso de atraso na quitação. “Pode-se fazer um empréstimo consignado para pagar, por exemplo, o cartão de crédito, já que as multas por atraso são altas. Já no caso do IPTU não vale a pena, é melhor parcelar o valor do imposto”, comentou o consultor.
Da Redação