O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou na última sexta-feira, no Diário Oficial da União, a tabela dos preços médios a serem seguidos pelos Estados, para venda de combustíveis. Os preços divulgados pelo Confaz deverão servir de parâmetro para o comércio de combustíveis a partir do dia 1º de fevereiro, mas há cerca de 30 dias que os postos da Paraíba já praticam valores maiores que os que foram recomendados.
A gasolina comum, por exemplo, o Confaz sugere que seja vendida a R$ 3,74, enquanto há postos no Estado vendendo o combustível a R$ 3,92, de acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A última alta de preços na Paraíba aconteceu no último dia 28 de dezembro, quando a gasolina comum chegou a ser vendida por R$ 4,15. Na época, os empresários do setor alegaram que a falta de combustível no Estado, provocada pelo atraso na chegada de um navio da Petrobrás, seria o motivo do aumento. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis na Paraíba (Sindpetro PB), Omar Hamad, chegou a dizer que se tratava de uma questão de oferta e procura, que por estar faltando combustível, os empresários teria liberdade para praticar o preço que quiserem.
Hamad disse ainda, em dezembro, que tão logo a distribuição de combustível fosse normalizada na Paraíba, os preços voltariam aos patamares anteriores, o que não aconteceu. Na época da disparada de preços na Paraíba, o Ministério Público Estadual chegou a instaurar inquérito para investigar o assunto, o Procon de João Pessoa notificou vários postos a apresentar notas fiscais que justificassem o aumento abusivo. Mas nem o inquérito do MPPB e nem as notificações do Procon fizeram os empresários recuarem para os valores praticados antes do desabastecimento.
Redação