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Preço do aluguel residencial avança 2,92%, aponta FGV e especialistas dão dicas de como propor uma renegociação

Closeup of man counting payments for home

Os alugueis residenciais ficaram em média 2,92% mais caros em fevereiro, segundo o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) da Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta é maior que a registrada no mês anterior, de 1,86%. Na Paraíba, contudo, o mercado imobiliário ainda tem utilizado outros indicadores para calcular os contratos, além de investir na negociação com os proprietários. Para falar sobre esse tema e dar dicas de como você pode propor uma renegociação nestes reajustes, foram ouvidos especialistas do setor.

Para o especialista em mercado imobiliário Marcell Castro, alerta que o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), lançado pela FGV, não representa o país em sua totalidade e, portanto, não pode afirmar se será utilizado em todas as regiões, por apresentar dados discrepantes. Segundo ele, na Paraíba, contudo, o mercado imobiliário ainda tem utilizado outros indicadores para calcular os contratos, além de investir na negociação com os proprietários. “Esse é um ponto que nos gera preocupação, o fato de o índice levar em conta apenas as quatro maiores capitais do País. Essas cidades têm características parecidas, no entanto, não refletem a realidade do País como um todo”, comentou.

De acordo com Jacqueline Pereira que é gerente de locações, uma boa dica é entender se o imóvel está compatível com o mercado. “É possível pesquisar outras casas ou apartamentos do mesmo perfil e com as mesmas características nos portais de divulgação ou imobiliárias no mesmo bairro do imóvel.” Ela destaca ainda que, depois da pesquisa, o locatário já terá uma base de valor inicial para negociar com o proprietário. “Mas só vale comparar imóveis semelhantes, ou seja, levando em consideração características que impactam no preço, como andar do apartamento, posição do sol, existência de varanda, metragem total, infraestrutura do condomínio, localização, comércio perto e reformas feitas, entre outras.” A especialista esclarece que, se o aluguel cobrado estiver em desacordo com os valores do mercado, o inquilino ganha uma boa justificativa para pedir um abatimento.

Outra dica da especialista é o locatário mostrar que tem segurança financeira, ou seja, a adimplência. “Marque uma conversa e, se possível, mostre os boletos pagos, as datas de quitação e qualquer outro documento que comprove a sua segurança financeira. Isso pode ser visto como uma vantagem para que o dono do imóvel aceite negociar o preço. Em grande parte dos casos, vale muito mais a pena, para ele, manter o inquilino atual com um valor mais baixo do que correr o risco de colocar no seu imóvel alguém que não tenha nenhuma preocupação com a manutenção ou que apresente mais dificuldades financeiras do que você”, afirmou.

Por fim outra dica é mostrar interesse em manter o contrato de locação por um longo período também é um bom argumento. Se você quiser continuar no imóvel pelos próximos anos, proponha uma ação de revisão do valor, seja proativo e não espere o vencimento do contrato. Enquanto o acerto não é feito, o inquilino tem que pagar normalmente o aluguel para não sofrer uma ação de despejo por falta de pagamentos, alerta a especialista. Segundo ela, 80% dos proprietários de imóveis possuem apenas um imóvel alugado. “Então, para eles, a renda do aluguel é muito importante também. A negociação tem que ser justa para todos.”

Da Redação

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