A pandemia do novo coronavírus não abalou só a saúde da população, mas também tem impactado o sonho de muitos brasileiros de conquistar a casa própria. É que apesar do mercado de imóveis estar aquecido, haja vista a grande procura por espaços maiores e com mais possibilidades de lazer e trabalho, em razão da pandemia de COVID-19, a alta no preço de materiais de construção pode “bagunçar” esse cenário. Isso porque, com insumos apresentando custos elevados, a tendência é que os imóveis também passem a custar mais, reduzindo a venda e, também, os lançamentos das construtoras é o que afirma os construtores Alexandre Dantas da Costa e Geraldo Linhares.
Segundo Alexandre, a situação também não está nada boa. “Os preços do material de construção estão exorbitantes e em João Pessoa muitos itens estão começando a faltar no mercado, a exemplo do ferro e do aço. Em compensação a mão de obra está muito barata”, disse.
Ainda segundo ele, com o desemprego em alta, muita gente aceita trabalhar como aprendiz de pedreiro, com o salário de R$ 1.600, valor que o profissional da área não aceita receber. “Já o mestre de obra recebe um salário no valor de até R$ 3 mil”, afirmou. De acordo com Alexandre, a dica para as pessoas que estão tentando erguer a própria casa é, antes de tudo, realizar um planejamento sobre a obra, com os serviços, prazos e gastos com material e mão de obra. Outra informação importante na hora de comprar o material é pesquisar bastante para encontrar o local que oferece os melhores preços. “E pedir desconto já que vai comprar o material em grande quantidade”, disse.
Para além do aumento no preço de imóveis, a alta no custo de materiais de construção pode gerar um impacto considerável no mercado de trabalho do setor, afirma Geraldo. “A construção civil foi o setor que mais gerou empregos com carteira assinada no ano passado, mesmo diante da crise causada pela pandemia de COVID-19. Se persistir a alta no custo, esse cenário pode sofrer interferências”, comentou Geraldo Linhares.
Da Redação