O risco de calote no pagamento dos empréstimos contratados pelo comércio ficou no menor nível desde o 1º trimestre de 2007, que corresponde ao período entre janeiro e março daquele ano. O consumo em alta dos brasileiros, o que favorece o caixa das empresas, tem ajudado o setor a liderar o menor risco de crédito, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pela Serasa Experian.
A qualidade do crédito no comércio aumentou 0,2% no segundo trimestre, entre abril e junho, de acordo com a pesquisa. Na média nacional, que envolve tanto as pequenas quanto as grandes empresas, o risco diminuiu, mas ainda é superior ao registrado antes da crise financeira internacional de 2008, estando em um patamar de 95,62 pontos, em uma escala de zero a cem.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a recuperação da qualidade de crédito das empresas, gradual, porém consistente, está relacionado ao crescimento econômico do país e ao processo de normalização da oferta de crédito às empresas. É um indicativo de que, durante o segundo semestre deste ano, o risco de calote deve continuar em queda.
As micro e pequenas empresas registram melhora superior da qualidade de crédito enquanto as grandes e médias tiveram estabilidade. No entanto, apesar da evolução recente, elas ainda exibem o maior risco de calote.
Entre o 1º e o 2º trimestre as regiões menos desenvolvidas registraram os maiores avanços na qualidade de crédito das empresas: Centro-Oeste (0,3%), Nordeste (0,3%) e Norte (0,2%). No entanto, elas ainda continuam abaixo da média nacional e as de renda mais elevada – Sudeste e Sul – continuam à frente em termos de qualidade de crédito.
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