Sem avanço nas negociações, bancários de Campina Grande podem entrar em greveno final de setembro por tempo indeterminado. O presidente do Sindicato dos Bancários em Campina Grande e região, Rostand Lucena, confirmou o movimento.
Em entrevista a imprensa campinense, Rostand disse que vai haver uma nova discussão da categoria com a Federação Nacional dos Bancos e, desta vez serão debatidas cláusulas econômicas e salariais, pois até o momento foram discutidas apenas cláusulas sociais, como saúde, segurança e condições de trabalho, mas sem avanço e com possibilidade de greve ainda este mês.
Segundo o presidente, desde agosto a pauta de reivindicações dos bancários foi entregue a federação e em seguida deu-se início as negociações por temas, mas os bancos não apresentaram nenhuma proposta de acordo com as reivindicações, o que leva a categoria a se mobilizar.
– A categoria vai em busca de seus direitos e, caso os bancos não apresentem uma proposta que seja importante e que contemplem as necessidade da categoria, há uma possibilidade de deflagrar uma greve por tempo indeterminado ainda neste mês de setembro. A data ainda não está construída porque sempre apostamos no diálogo- disse o sindicalista.
A categoria reivindica 16% de reajuste salarial, sendo 11% pela inflação e 5,7% de aumento real; melhor participação nos lucros e resultados, ampliação de contratações e fim de demissões, melhorias relacionadas à saúde dos funcionários e segurança das agências, condições de atendimento aos clientes como o cumprimento da lei dos 15 minutos, e redução de juros e tarifas.
Segundo o presidente do sindicato dos bancários de Campina Grande, o movimento é nacional e a paralisação deve ocorrer de forma unificada
Um dos pontos principais de reivindicação deste ano é a questão do emprego, porque houve uma redução drástica de trabalhadores do Banco do Brasil e outra, é a manutenção do emprego de todos os bancários do Banco HSBC da Rua João Pessoa, que foi comprado por outro banco.
Redação