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Superprodução de milho verde gera prejuízo aos vendedores paraibanos

Pamonha, canjica e bolo de milho são alguns dos pratos típicos que preenchem a mesa dos brasileiros com maior frequência no mês de junho. Por conta disso, os agricultores esperam o período de São João para lucrar através da venda de milho.

 

Este ano, entretanto, não foi o que aconteceu. Em 2018, houve uma superprodução de milho e, como consequência, a queda nos preços – gerando prejuízo para alguns. No Mercado Central, as vendas foram fracas. É o que conta o vendedor João Feliciano: "Como deu milho demais, a gente teve que abaixar o preço, né? Antes eu vendia a mão por R$ 35 ou R$ 40, mas esse ano já cheguei a fazer venda por R$ 10", relata.

 

Para o São Pedro, João acredita que as vendas serão ainda mais fracas ou talvez até menores, porque o ritmo das vendas cai depois do fim de semana de São João. O comerciante José Carlos, sabendo desse cenário, comprou apenas 100 mãos de milho para evitar prejuízo.

 

Durante o São João, ele vendeu a mão de milho por R$ 20 e R$ 25, ainda que, no ano passado, ele tenha vendido por R$ 30 e R$ 35. Mesmo assim, ainda sobraram dez mãos de milho, que ele espera vender no São Pedro. "Para quem comprou muito, o prejuízo é maior. Pra São Pedro, eu não espero aumento, porque a turma não tá comendo tanto milho, isso aqui é mais para manter a freguesia e tirar um dinheiro por conta do São João", esclarece.

 

Pedro Fontes, vendedor no Mercado de Oitizeiro, teve mais sorte. Vendeu cerca de 160 mãos de milho, todas que havia comprado para revender, no valor de R$ 30 e R$ 35. "No São Pedro vai vender menos, mas realmente no São João a gente lucra mais. Em São Pedro, a gente vende entre R$ 25, R$ 20 e até R$ 15", conta, explicando que os comerciantes costumam abaixar o preço para acabar com o estoque.

 

Empasa

Na Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), a situação não foi diferente. O agricultor Gerson Paulo levou de volta para casa cerca de 300 mãos de milho – que serão utilizadas para alimentar o gado. "Foi uma venda fraca, uma decepção se a gente comparar com a do ano passado. Eu vendi só umas 400 ou 500 mãos, geralmente vendo o dobro", lamenta. A venda foi tão ruim, que ele até mesmo abaixou o preço da mão: no ano passado, ele vendia por R$ 35, mas, em 2018, ele teve que vender cada mão por R$ 20.

 

Redação

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