O professor de Física, de Brasília, Wadyr Chaib, está de férias em João Pessoa e, a exemplo de centenas de pessoas, visitou o 23º Salão de Artesanato da Paraíba nessa terça-feira (19). “Esse salão aqui é maravilhoso, tem tudo o que a Paraíba precisa mostrar aos turistas, a todo povo brasileiro, e eu acredito que o Estado está de parabéns em proporcionar esta edição neste belo espaço. Quanto mais produtividade em relação à cultura, o Estado só tem a crescer”, destacou. Wadyr disse ainda que houve ganho para os artesãos e para o público em relação ao novo local do Salão. Ele visitou uma vez a feira instalada na praia de Cabo Branco.
O Salão de Artesanato da Paraíba foi aberto no dia 15, se encerra dia 31 de janeiro e este ano tem como tema o algodão colorido naturalmente produzido no Estado. Mais de 2 mil artesãos estão envolvidos na feira, sendo 400 expositores em uma área de 1.350m. Eles representam artesãos de mais de 70 cidades paraibanas. A realização é do Governo do Estado, por meio do Programa de Artesanato Paraibano (PAP), em parceria com o Sebrae-PB, entre outras instituições. A visitação poderá ser feita das 14h às 21h. A estimativa é de que nos 17 dias 50 mil pessoas visitem o evento.
A gestora do Programa de Artesanato Paraibano, Lu Maia, acredita que o Salão do Artesanato passará a fazer parte do calendário do Espaço Cultural José Lins do Rego. “Essa ideia de trazer o Salão para cá é a ideia da acessibilidade, da cultura, e com essa reforma o Espaço Cultural é um lugar que deve estar dentro da rota turística e da rotina dos nossos paraibanos porque é centralizado e tem todos os segmentos da cultura”, avaliou.
Lu Maia disse ainda que o Espaço Cultural é a cara da Paraíba e a montagem do 23º Salão na Praça do Povo é um convite do Governo do Estado aos paraibanos e aos turistas brasileiros e estrangeiros a revisitarem um dos maiores do mundo que abriga praticamente todos os segmentos culturais.
O professor José Nilton, curador do Programa de Artesanato Paraibano, revelou que sempre foi um defensor da realização do Salão no Espaço Cultural. “O Espaço tem uma completa infraestrutura, na Avenida Epitácio Pessoa passam diversas linhas de ônibus, o local é próximo de todos os lugares, então é um ganho com muito espaço e conforto para artesãos e visitantes”, declarou.
O funcionário aposentado do Banco do Brasil Roberto Mibon e sua esposa Flávia Araújo são de Fortaleza mas moram em João Pessoa há seis anos. Também acreditam que o novo endereço do Salão do Artesanato é bem mais amplo, tem estacionamento e a localização é boa. “Com relação ao artesanato, os preços estão bons e há muita variedade e conteúdo”, disse Flávia.
Quem também visitou o 23º Salão do Artesanato Paraibano nessa terça-feira foi o ator José Dumont, paraibano de Belém. Dumont declarou que se sente muito bem quando visita o Nordeste e seu Estado e vê a cultura no nível em que está. “Aqui tudo é de grande nível, extremamente organizado, bem feito, nossa alma está aqui. As peças são de uma criatividade imensa. Isto é a essência de nossa criatividade e as peças são muito bonitas, com muita originalidade”, destacou.
A paraibana radicada há quatro anos no Mato Grosso do Sul, Ana Aline Xavier, percorreu todo o Salão com a família e por ter visitado o evento em outros anos avalia que, de fato, no Espaço Cultural tudo ficou melhor. “Este ano, em relação ao espaço, eu achei que ficou muito melhor para visualizar as peças, melhor para ver as cores, a iluminação ajudou muito, a qualidade do artesanato paraibano vem melhorando a cada ano em termos de designer e estou gostando muito”, disse.
O artesão Eder Medeiros afirmou que está vendendo bem seus instrumentos musicais feitos de madeira nativa e concorda que o Salão ganhou muito com as novas instalações em um novo ambiente. “Cresceu muito o nosso Salão. Aqui tem mais estacionamento, uma estrutura física gigantesca que acolhe a todos; a praça da alimentação ficou maior, o palco dos shows também, então todos, artesãos e turistas, estão adorando a mudança”, pontuou.
O artesão Guari Guazí, especialista em esculturas em madeira, demonstrou estar satisfeito com o novo local do Salão. “Eu sempre fui a favor do trabalho da gente ser exposto aqui no Espaço Cultural e depois da reforma que o governador fez aqui espero que aconteçam mais feiras nesse ambiente que é o lugar da cultura”.
A artesã Mércia Santana está rindo à toa com as ótimas vendas do produto que é o tema central do Salão este ano: o algodão colorido. “As vendas têm surpreendido, o Salão está bem frequentado, muitos turistas na cidade e a gente tem vendido bem”. A iniciativa do Governo do Estado em disponibilizar microônibus para os turistas, a partir dos hotéis na orla, de acordo com Mércia foi uma boa sacada, o salão está bem visitado. A artesã destacou ainda vários produtos, peças que são novidades este ano como a nova coleção de bolsas de uma famosa marca em algodão colorido.
Foto: Walter Rafael
Secom-PB