O Banco do Brasil (BB) anunciou a abertura de dois programas de demissão voluntária – com o objetivo de desligar até 5 mil funcionários – e o fechamento de 361 unidades (112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento) ainda no primeiro semestre deste ano. A decisão não envolveu os bancários, que foram comunicados junto com o mercado e a população na última segunda-feira (12) o que provocou uma reação por parte dos sindicalistas do setor que se reunião nesta semana. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, pelo menos três terão as atividades encerradas na Paraíba: duas em João Pessoa e uma em Campina Grande.
“Já nos chegou a informação de que serão fechadas as agências do Banco do Brasil do Parque Solon de Lucena e a do bairro dos Bancários, em João Pessoa, além de uma em Campina Grande. Para nós, em época de tanto desemprego devido à pandemia, isso é um absurdo. O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 10 bilhões o ano passado e agora está prejudicando o trabalhador e também os clientes”, comentou Lindonjhonson Almeida.
Segundo o Banco do Brasil, as mudanças ocorrerão a partir de 22 de fevereiro e irão envolver adaptações na rede de atendimento em 361 municípios do país. A reportagem tentou obter informações sobre o número total de agências que serão fechadas na Paraíba, mas a superintendência do BB não divulgou esta informação. Entre as mudanças divulgadas no programa de reestruturação do BB, estão o encerramento de 112 agências, 242 Postos de Atendimento (PA) e 7 escritórios; a transformação de 243 agências em Postos de Atendimento e de oito Postos de Atendimentos em agências.
“Um posto de atendimento não oferece o mesmo serviço que uma agência. O resultado é que muita gente vai ter que se deslocar para recorrer a algum serviço que não tem nestes postos. Para o cliente significa mais espera e fila”, pontou Almeida.
O Banco ainda adotou um programa de incentivo ao desligamento voluntário de seus funcionários. O propósito das mudanças, é alcançar redução nas despesas das unidades bancárias, obtendo uma economia líquida anual estimada em R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhão até 2025. A redução prevista abrange despesas administrativas, exceto o impacto dos planos de desligamento dos trabalhadores. “Vamos lutar e tentar resistir a tudo isso. Nos reuniremos de forma remota para discutir o assunto”, garantiu Almeida.
Redação