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Veja as diferenças entre os planos de previdência privada

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Para garantir uma renda mensal adicional no final da carreira, os planos de previdência privada aberta têm sido cada vez mais utilizados no país. Ao contratar um, é possível complementar os ganhos da aposentadoria oficial, que hoje paga, no máximo, cerca de R$ 3.700 por mês, por exemplo, e ter vantagens na hora de declarar o Imposto de Renda. De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o mercado vem registrando crescimento de 25% a 30% por ano.

Para quem estiver disposto a investir na previdência privada, há dois tipos de plano oferecidos pelas instituições financeiras e seguradoras: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Ambos têm características semelhantes: periodicamente, é preciso aplicar uma determinada quantia de dinheiro, que irá para um fundo – chamado de Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos -, de onde sairão os rendimentos. Os valores de aporte variam. No caso de contribuição mensal, é possível pagar a partir de R$ 50 e no de contribuição única, R$ 1.000, por exemplo. Em nenhum dos dois planos há garantia fixa de rentabilidade.

As diferenças entre os planos
O que difere um plano de outro é a tributação. No caso do PGBL, o contratante pode deduzir o valor das contribuições realizadas da base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta anual. No entanto, sobre os valores de resgate e sobre o rendimento recebido, haverá a incidência de tributação (conforme a tributação escolhida pelo contratante).

Segundo o professor de Finanças do Insper, Vinícius Brandi, esse tipo de plano é mais indicado para quem tem uma renda maior (acima do teto da Previdência Social) e declara o Imposto de Renda no modelo completo, que permite o abatimento de gastos.

No caso do VGBL, não é permitido fazer deduções das contribuições na declaração do IR. Em compensação, a cobrança do imposto ocorre só sobre o ganho das aplicações financeiras, quando for resgatar o plano. “É indicado para quem declara o Imposto de Renda no modelo simplificado ou é isento, não contribui para a Previdência Social ou, ainda, para quem já investiu em PGBL o limite de até 12% da renda anual tributável e deseja investir mais em previdência privada”, disse André Luiz Andrade dos Santos, da Tostes e Associados Advogados.

Taxas
Tanto no PGBL quanto no VGBL, as instituições que oferecem o sistema cobram taxas que devem ser analisadas pelo interessado antes de contratar o plano. “Os sites dos bancos estão hoje muito completos. É bom que as pessoas pesquisem bastante, não podem ficar amarradas à bandeira, ao banco em que têm conta”, alertou Brandi. Segundo a Fenaprevi, no mercado, as taxas de administração variam, em média, de 0,7% a 2% ao ano.

Portabilidade
O contratante que não estiver satisfeito com o serviço pode trocar de instituição. Porém, só é permitida a troca do plano por outro equivalente, segundo a Fenaprevi.

Números
O mercado de previdência complementar aberta fechou o semestre em forte expansão. Conforme balanço divulgado pela Fenaprevi, o volume de depósitos em planos de previdência cresceu 25,6% nos seis primeiros meses de 2011, na comparação com o mesmo período de 2010. O valor dos novos depósitos bateu a marca de R$ 24,9 bilhões. Apenas em junho, o sistema arrecadou R$ 4,5 bilhões, volume 56,5% maior do que o verificado no mesmo mês do ano passado.

“Investir no longo prazo tendo vantagens tributárias. Isso faz com que essa aplicação no médio e longo prazos renda mais do que qualquer outra”, defendeu o vice-presidente da associação, Osvaldo Nascimento.

Na análise por tipo de plano, o produto preferido foi o VGBL. A modalidade cresceu 30% no semestre, com arrecadação total de R$ 20,3 bilhões. Em junho, os depósitos em VGBL somaram R$ 3,7 bilhões, 68,23% mais do que o verificado no mesmo mês em 2010.

Já o PGBL arrecadou R$ 2,9 bilhões no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2010. A expansão foi de 16,95%. Em junho, o PGBL arrecadou R$ 496 milhões, com um crescimento de 24,7%. Já os planos tradicionais totalizaram aportes de R$ 1,6 bilhão no semestre, apresentando leve queda de 2,3%.

G1

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