Em junho, o volume de vendas do comércio varejista paraibano registrou o maior crescimento do Brasil (2,4%), frente a maio, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (14), pelo IBGE. A expansão do varejo estadual contrasta com o movimento observado no cenário nacional, onde houve queda de 1%. Essa foi a segunda alta consecutiva do indicador paraibano, a qual sinaliza para um ganho de dinamismo do setor, visto que em maio houve uma variação positiva de 1,2%.
No mesmo comparativo, a variação da receita nominal de vendas do varejo estadual também foi positiva (2,5%) pelo segundo mês consecutivo e indicativa de ganho de dinamismo do setor que, em maio, havia registrado crescimento de 2,0% nesse indicador. Além disso, o avanço de junho também foi o maior do país e ficou acima da média nacional, cuja variação foi negativa (-0,1%).
Na comparação com junho de 2023, as altas intensas verificadas tanto no volume de vendas do comércio varejista estadual (16,4%), quanto na receita nominal de vendas do setor (19,2%), foram as mais acentuadas entre todas as unidades da federação.
Já no acumulado do ano, relativamente ao mesmo período de 2023, a pesquisa aponta que houve expansão tanto no volume de vendas, de 9,7% (2º maior do país), como na receita nominal, de 11,5% (6º maior do país) do varejo paraibano. Em ambos os casos, os avanços verificados nos índices estaduais foram mais acentuados que as médias nacionais, que foram de 5,2% e de 8,3%, respectivamente.
Quanto ao indicador acumulado dos últimos 12 meses, o comércio varejista paraibano registrou os maiores recuos do país, de -2,8%, no volume de vendas; e de -0,5%, na receita nominal. Esses resultados contrastam com as altas observadas na média nacional, de 3,6% e 5,9%, respectivamente.
Varejo ampliado
No comércio varejista ampliado paraibano, houve avanço de 4,5% no volume de vendas e de 4,6% na receita nominal, em junho, frente aos resultados do mês anterior. Essas foram as terceiras maiores altas do país, ficando bem acima das médias do Brasil, que foram de 0,4%, para o primeiro indicador, e de 0,8%, para o segundo. O setor inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e as de atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo.
Na comparação entre junho de 2024 e o mesmo mês de 2023, a variação positiva apresentada pelo setor paraibano foi a maior do país no volume de vendas (12,5%); e a segunda maior na receita nominal (15%), que foi inferior somente à alta registrada em Goiás (16,5%). Os indicadores estaduais ficaram acima das médias nacionais, que foram de 2% e 6%, respectivamente.
A PMC constatou que as variações acumuladas no ano foram igualmente positivas, de 9,4% (4º maior avanço do país) no volume de vendas e de 10,8% (5º maior avanço do país) na receita nominal, ambas superiores às médias nacionais, que ficaram em 4,3% e 6,7%, respectivamente.
Já no acumulado dos últimos 12 meses (em relação ao mesmo período do ano anterior), o movimento observado no setor paraibano foi igualmente de alta, tanto no volume de vendas (0,6%) como na receita nominal (2,7%). Porém, no caso desses indicadores, os aumentos verificados no estado ficaram abaixo das médias nacionais, de 3,5% e 5,5%, respectivamente.