A partir das 15h desta quarta-feira (18), ocorre um ato público em repúdio dos docentes da Universidade Federal da Paraíba, contra à nomeação de Valdiney Veloso, feita pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 5, para o cargo de reitor da instituição. A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Professores da UFPB (Adufpb), Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintesp) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), sairá da Praça da Paz, nos Bancários, até o prédio da Reitoria, no Campus I da Universidade.
O sindicato reforça os protocolos sanitários, solicitando o uso de máscaras e álcool em gel durante a mobilização. A chamada feita pela Adufpb para a manifestação de hoje se estendeu também aos servidores técnico-administrativos e aos estudantes, ressaltando a defesa pela UFPB, pela autonomia universitária e pela universidade pública.
O sindicato ainda denunciou ontem, por meio de nota, ataques sofridos por parte da Reitoria, que encaminhou um ofício para a ProcuradoriaGeral Federal buscando possíveis “implicações jurídicas do ato e eventuais providências que podem ser tomadas” com relação à decisão tirada em Assembleia Geral, de paralisar as atividades hoje.
Em nota oficial, a Adufpb se posicionou indo a público para “denunciar essa tentativa de afronta à categoria docente e repudia essa ação autoritária do gabinete interventor. Não esperem de nós o silêncio dos covardes”, conforme trecho publicado. Presidente do Sindicato dos Docentes, o professor Fernando Cunha afirmou que o ofício da Reitoria para a Procuradoria é uma tentativa de intimidação ao movimento representativo dos professores da instituição. “A Adufpb é uma entidade legítima e legal há 42 anos. É um sindicato que cumpre exatamente com todas as suas prerrogativas constitucionais. Realizamos uma assembleia que deliberou a paralisação de um dia – que não é nada novo, já fizemos isso várias vezes na história do movimento docente; e nós fomos surpreendidos com essa tentativa de intimidação”, disse ele. Ainda de acordo com Fernando Cunha, o pronunciamento através de nota se fez necessário por entenderem que “um reitor que não foi eleito, ele só pode administrar dessa forma, porque ele não tem a legitimidade e o reconhecimento da comunidade. Então, tudo o que ele faz e como ele age, não tem o respaldo da comunidade universitária, e aí ele age autoritariamente, intimidando, passando dos limites políticos e nós estamos avaliando se ele está passando dos limites jurídicos também”, destacou o presidente da Adufpb.
Redação com dados da Adufpb