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Bolsonaro corta R$ 100 milhões de hospitais em plena pandemia; representante da Ebserh fala dos prejuízos

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Os vetos do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao orçamento de 2022 atingiram em cheio os hospitais ligados a universidades federais, que enfrentam o terceiro ano seguido de pandemia com atendimentos à população. Segundo os vetos publicados no Diário Oficial hoje, R$ 100 milhões foram cortados da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra os centros médicos ligados às instituições de ensino. O veto é específico para o “funcionamento e gestão de instituições hospitalares federais”. Para falar sobre o tema e os prejuízos aos três hospitais na Paraíba, que serão atingidos com a medida, foi escutado o George Magalhães, chefe do Relacionamento com a Imprensa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

No estado segundo ele, os hospitais universitários: HU Lauro Wanderley, em João Pessoa, vinculado à Universidade Federal da Paraíba (UFPB); e o HU Alcides Carneiro, em Campina Grande, e o HU Júlio Bandeira, em Cajazeiras, vinculados à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), serão atingidos, pela perca de recursos que integrariam a emenda orçamentária proposta por meio da Comissão de Educação, mas não eram de programa específico da estatal e, portanto, o impacto é considerado “menor no orçamento da Ebserh”, comentou.

Ainda de acordo com George Magalhães, a verba cortada seria um adicional, “então não altera a verba já programada para os hospitais. O veto é direcionado especificamente ao funcionamento e gestão de instituições hospitalares federais”, disse.

O corte, segundo ele, representa cerca de 20% do dinheiro que seria destinado. O orçamento total do MEC para 2022 contabilizou uma redução de R$ 739 milhões, sendo a segunda pasta mais afetada, ficando atrás apenas do Ministério do Trabalho, que teve corte de R$1 bilhão. Em seu pronunciamento, a Ebserh afirmou que compreende o veto à emenda de R$ 100 milhões e que “vai trabalhar para otimizar ao máximo o uso dos recursos”. A justificativa, de acordo com o texto, é por compreender “o cenário de pandemia e dos recursos investidos pelo Governo Federal para enfrentamento ao coronavírus”, comentou George.

O MEC (Ministério da Educação), que é responsável pela Ebserh, teve orçamento sancionado de R$ 137,9 bilhões para 2022, com vetos totais de R$ 739 milhões para 2022. Foi a segunda pasta que mais perdeu recursos, atrás apenas do Ministério do Trabalho, que teve corte de R$ 1 bilhão. O corte aos hospitais representa 20,8% do total aprovado pelo Congresso em dezembro de 2021, que previa R$ 481,9 milhões para a finalidade “funcionamento e gestão de instituições hospitalares federais”.

Da Redação

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