A Paraíba foi o sétimo estado do Brasil que teve o maior número de bolsas canceladas no anúncio feito pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação no início do mês. Foram canceladas 572 bolsas em instituições de ensino no Estado. Ao analisar a decisão da última segunda-feira (16), do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de liberar apenas 10% das bolsas de pós-graduação que estavam bloqueadas, a coordenadora geral da Pós-graduação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Márcia Fonseca, disse a uma emissora de rádio da capital que a situação é ainda pior do que se desenha.
“55 foram desbloqueadas, o que não representa nem 10% do total. A nossa situação está bem complicada. A Capes tem priorizado curso com notas mais alta, mas aproximadamente 40% dos nossos cursos têm notas entre 3 e 4”, comentou Marcia ao destacar que está existindo uma desorganização e uma falta de um norte por parte do Governo Federal, com relação ao ensino superior neste país.
“A situação é pontual. Um dia a gente recebe uma norma, noutro dia é outra. Estamos tentando sobreviver numa corda bamba”, afirmou Márcia.
De acordo com o levantamento divulgado pela Capes, com as bolsas cortadas na Paraíba, somente neste terceiro corte de 2019, vai economizar por R$ 1.022.000 no restante do ano. Na lista, além de ser o sétimo estado em número de bolsas perdidas, a Paraíba foi o estado do Nordeste que mais perdeu bolsas de incentivo à pesquisa científica no último congelamento anunciado no início de setembro de 2019.
Redação