Além do pró-reitor de pós-graduação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Benemar Alencar, que falou recentemente falou sobre corte pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de 234 bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica (IC&T) da UFCG, o coordenador geral de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação da UFCG, Luciano Barosi, destacou que estes números significam perdas em pesquisas em todas as áreas da instituição.
Segundo Benemar, o governo federal informou que o corte foi realizado porque existe um estrangulamento orçamentário. “A UFCG disponha de 329 bolsas do CNPq e, em contrapartida, 160 outras do orçamento da própria instituição. Com o corte, passamos a ter apenas 95 bolsas do CNPq e mantivemos a 160 bolsas da própria instituição. Isso representa um corte efetivo de 71% do total de bolsas que a instituição dispõe. Cada bolsa dessa no valor de R$400,00 impacta numa retirada de recursos da região de mais de R$1 milhão ao ano, mas o prejuízo é mais de ordem estruturante porque esses projetos são programas de iniciação a pesquisa”, disse o professor.
Já o Barosi, acrescenta que, mesmo que alguns pesquisadores ainda possam prosseguir as atividades contando com o voluntariado dos alunos, outros não poderão fazer nada e terão que encerrar os projetos.
“São pesquisas em todas as áreas. No caso das pesquisas de vertente mais tecnológica, isso significa ficar para traz mesmo, perder a possibilidade do desenvolvimento de produtos ou patentes. Nas áreas de saúde, isso significa, em geral, menos informações sobre a população de nossa região. No caso de ciências humanas e ciências básicas, muitas vezes a bolsa era o necessário para a permanência do aluno no curso”, afirmou Barose, lamentando o descaso do Governo Federal com a pesquisa.
A medida foi divulgada no último dia 15 e segundo informações da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), a instituição de ensino tinha 329 bolsas do CNPq e 160 financiadas pelo orçamento da própria universidade.
Redação