O Unipê (Centro Universitário de João Pessoa), pertencente ao grupo de ensino superior Cruzeiro do Sul, deu início a uma nova onda de demissões em massa essa semana, em meio à pandemia do coronavírus, pegando todos os funcionários de surpresa.
Segundo informações apuradas nesta segunda-feira (29), pela reportagem do portal PB Agora, a motivação, dessa vez, além de ser a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, seria também a mudança de quase 50% dos cursos para a modalidade EAD (Educação a Distância).
Além de funcionários do setor administrativo, também foram atingidos nessa nova leva de demissões, servidores das secretarias e professores, que já têm aulas gravadas no arquivo do Centro e não serão mais necessários para os quadros da instituição A média foi de seis a oito professores demitidos por curso.
Conforme um dos professores, que foi demitido nesta manhã, a justificativa dada pela administração para realizar a demissão foi mais a pandemia que abalou o setor econômico, fazendo com que a universidade adotasse medidas de cortes.
Mas, o sucateamento dos quadros na instituição não é de agora. Ele vem acontecendo desde a aquisição da faculdade pela Cruzeiro do Sul, em 2018. A partir de então, houve demissões em massa nos últimos dois anos, inclusive com a dispensa de profissionais gabaritados, que foram os responsáveis por fazer da UNIPÊ uma das universidades mais bem avaliadas e requisitadas em anos passados.
Alunos também reclamam da ausência de medidas econômicas para o corpo discente em meio à pandemia. Uma aluna do curso de medicina, em contato com a reportagem do PB Agora, contou que não apenas não houve renegociação de mensalidades, como teve que arcar com um aumento de cerca de R$ 500 nos seus gastos mensais.
Lá, o estudante deve desembolsar quase R$ 8 mil/mês para poder cursar a graduação na área.
A reportagem tentou entrar em contato com a universidade para obter dados sobre a quantidade de servidores afastados nessa nova leva de demissão, bem como desde que a Cruzeiro do Sul assumiu o comando da instituição, mas não obtivemos resposta, até agora.
PB Agora