A presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Maria Inês Fini, declarou, nesta segunda-feira (10), que o aumento da taxa de inscrição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano ocorreu para repor a inflação dos últimos anos. O valor passou dos R$ 68 cobrados no ano passado para R$ 82.
"A taxa deste ano para aqueles que pagam apenas foi corrigida em 14% de IPCAs [índice da inflação] antigos que não haviam sido aplicados e os 6% deste ano", disse.
O aumento, segundo o MEC (Ministério da Educação), foi calculado considerando a correção pela inflação do valor da taxa desde o último reajuste na inscrição, que em 2015 passou de R$ 35 para R$ 63. A tendência é que a partir dos próximos anos o valor da taxa seja corrigido apenas pela inflação do ano.
O que é arrecadado no período de inscrições, no entanto, não cobre os custos da aplicação da prova, segundo Maria Inês Fini. A presidente do Inep afirmou que poucos participantes pagam a taxa. "A maioria dos alunos do Enem se beneficia da gratuidade. O recolhimento é muito baixo, não paga nem um terço do custo do exame. O MEC subsidia grande parte do exame e continuará fazendo", acrescentou durante entrevista coletiva.
No ano passado, o custo do Enem foi de R$ 92 por participante, o Inep. O órgão ainda não sabe em quanto ficará os custos do exame este ano. "Estamos esperando as propostas dos consórcios, do então Correios, da gráfica, para fechar esse preço", afirmou.
Ainda segundo ela, não haverá custos extras por causa da mudança de dias. Em 2017, o Enem será aplicado pela primeira vez, desde que foi criado em 1998, em dois domingos, nos dias 5 e 12 de novembro. "O Enem tradicionalmente contrata dois dias de aplicação de prova e é o que continuará acontecendo", afirmou, sem dar mais detalhes.
Uol