Análise dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, apesar de ter aumentado de 27% para 51% a frequência de estudantes entre 18 e 24 anos no ensino superior, essa expansão educacional apresenta disparidades, principalmente se levado em conta o critério racial. De acordo com o IBGE, o percentual de negros no ensino superior passou de 10,2% em 2001 para 35,8% em 2011.
No entanto, esse aumento na frequência entre jovens pardos ou pretos não foi suficiente para alcançar a mesma proporção apresentada pelos jovens brancos dez anos antes – que era de 39,6%. Hoje, o número de brancos entre 18 e 24 anos que estão na universidade atinge 65,7% do total.
O maior percentual de negros nesta faixa etária cursa o ensino médio: 45,2%. Outros 11,8% estão no ensino fundamental. Entre os brancos, 24,1% estão no ensino médio e 4,5% no ensino fundamental.
Cresce 200% percentual de jovens pobres com estudo
Os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira também mostram que passou de 33,7% para 54,1% a proporção de jovens entre 18 e 24 anos de idade que possuem 11 anos ou mais de estudo. Esse aumento na escolaridade não beneficiou a todos igualmente, mas contribuiu para a tendência de queda das desigualdades educacionais.
Segundo o instituto, isso pode ser observado pelo crescimento de 201% na proporção de jovens com ensino médio que faziam parte da fatia mais pobre da população em comparação com a elevação de 19% para os jovens que integravam o grupo mais rico.
Se levada em conta a população com mais de 25 anos de idade, a escolaridade aumentou lentamente de 2001 para 2011, passando de 6 para 7,4 anos de estudos. Segundo o IBGE, esse dado reflete a tendência de baixa probabilidade de incremento da escolaridade a partir dessa faixa etária.
Só estudo
O levantamento feio pelo IBGE também mostrou um aumento pequeno da quantidade de jovens que só estudam. Com isso, caiu o número de pessoas, com idade entre 16 e 24 anos, que trabalham e estudam ao mesmo tempo.
De acordo com o instituto, cresceu em 11% o número de jovens, de 16 e 17 anos de idade, que tem como ocupação apenas o ensino. Em 2001, 53,2% das pessoas nesta faixa etária frequentam exclusivamente uma unidade de ensino. No ano passado, a quantidade passou para 59,5% do total.
Na mesma faixa etária, diminuiu o número de pessoas que trabalham e estudam. A porcentagem baixou de 24,6% do total para 20%. Enquanto também abaixou a quantidade de jovens que só trabalham. Eles eram 10,5% dos jovens nessa idade e passaram para 8,6%. No total, a taxa de ocupação de pessoas entre 16 e 17 anos no ano passado foi de 28,6%.
Já na faixa de jovens entre 18 e 24 anos a taxa de ocupação é mais alta, mas teve um crescimento pequeno nos últimos dez anos: passou de 59,4% para 62,2%. Por outro lado, diminuiu a evasão escolar precoce no mesmo período de tempo. Em 2001, os jovens que não tinha ensino médio e não estava na escola eram 43,8%. No ano passado, eles representavam apenas 32,2% das pessoas com idade entre 18 e 24 anos.
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