A Paraíba o tempo todo  |

Jogos virtuais podem virar atividades esportivas em escolas da Paraíba

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou audiência pública, na manhã desta quinta-feira (25), para discutir a implementação do Componente Curricular dos E-Sports, como forma alternativa e/ou complementar ao componente da prática de Educação Física. A audiência proposta pelo deputado estadual Anísio Maia contou com a presença de professores, estudantes, atletas e especialistas da área.

O E-Sport é o termo utilizado para classificar competições de jogos virtuais, especialmente aquelas realizados por profissionais, que podem ser assistidas pelo público, de forma presencial ou através de dispositivos eletrônicos.

Anísio Maia, que é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desportos da ALPB, sugeriu ao Governo do Estado a implantação de um projeto piloto, em cinco Escolas Cidadãs Integrais (ECITs), localizadas na Região Metropolitana de João Pessoa-PB. O parlamentar ressaltou que os jogos eletrônicos já são considerados esporte e os seus profissionais são reconhecidos como atletas.

“Essa modalidade de jogos virtuais tem movimentado a economia do mundo inteiro, tem conquistado muitos adeptos e tem que ser levado em conta. No âmbito do Poder Legislativo decidimos estabelecer esse diálogo, que é necessário e importante. A Comissão de Educação tem que estar atenta à evolução das práticas de ensino, à evolução do esporte e também à evolução social”, afirmou Anísio Maia.

Lenine Caetano, vice-presidente da Federação Paraibana de Jogos Eletrônicos (FPBE), defendeu que a inclusão de jogos eletrônicos no currículo escolar auxilia no desenvolvimento cognitivo e social dos jovens. “Esperamos trazer a juventude para perto da escola, tornando a aula mais atrativa. Os números mostram que esse tipo de abordagem educacional diminui a evasão escolar, aumenta a interatividade e a adesão ao trabalho em equipe”, disse.

Integrante do E-Sport Educacional de João Pessoa, Kleber Bezerra participa da execução do projeto de inclusão de jogos eletrônicos na Capital. Segundo ele, os resultados já estão sendo colhidos tanto pelas escolas quanto pelos estudantes, que se encontram mais motivados e dispostos a receber o conteúdo das aulas. “É um projeto pioneiro no Brasil, seguindo moldes do que já é feito lá fora, a exemplo dos Estados Unidos e Canadá. Estamos fazendo um esforço contínuo para mostrar os benefícios do projeto e, assim, conseguir despertar interesse da classe política, de uma forma geral”, ressaltou Kleber.

Para o professor Marcelo Góes, do Centro de Tecnologia da UFPB, um dos aspectos positivos relacionados ao E-Sports é a inclusão das pessoas com deficiência. “Isso precisa ser destacado dentro dos jogos eletrônicos, a possibilidade de envolver as pessoas com deficiência, seja ela física ou invisível, quando essa deficiência atua no campo cerebral, dentro de um contexto esportivo. Trata-se de um campo que vem sendo descoberto a cada dia, e que busca ainda a formação de profissionais para a formação de equipes. Precisamos desenvolver ferramentas e interfaces que facilitem o uso para pessoas com deficiência. Essa ferramenta tem muito a contribuir com a nossa sociedade”, defendeu o professor.

Representando a Secretaria de Estado da Educação, a gerente de Educação Profissional, Raíssa Ferreira, afirmou que o Estado já vem debatendo a inclusão dos jogos virtuais como práticas esportivas dentro do Ensino Médio desde o ano de 2017. “A prática do E-Sports já está inclusa no currículo como objeto de aprendizagem dentro do componente de Educação Física, homologado junto ao Conselho Estadual de Educação em 2020. Então, já estamos nos preparando, através de programas inovadores dentro da Educação”, revelou Raíssa.

A gerente de Educação do Estado declarou que, de forma gradual, ações de tecnologia vêm sendo integradas ao ensino desde 2019, inclusive proporcionando a capacitação de professores para que a temática seja cada vez mais inclusa e utilizada dentro da sala de aula. “Nacionalmente, o E-Sport é muito forte e precisamos impulsionar esta prática aqui na Paraíba”, disse Raíssa Ferreira.

 

Redação com ALPB

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe