Recentemente, o jornalista Gabriel Castro publicou um texto na Gazeta do Povo sobre os autores mais citados em universidades brasileiras. Foram analisadas 7 mil teses de doutorado e dissertações de mestrado, produzidas entre 2022 e 2023, disponíveis no banco de trabalhos da Capes, abrangendo campos das humanidades, ciências sociais e saúde.
Para surpresa de ninguém, Karl Marx, Paulo Freire e Michel Foucault são os autores mais citados da academia brasileira. Em 2023, Marx foi citado 545 vezes, Foucault 486, Freire, 467.
Em análise qualitativa, identificaram-se trabalhos que associaram Marx e Freire para uma educação com vistas a uma “revolução popular” anticapitalista e pesquisas que se apoiaram em Foucault para críticas à noção de verdade universal e ao combate à criminalidade.
O cenário é deprimente: Marx é o materialista radical revolucionário cuja ideologia gerou milhões de mortes no séc. XX; Foucault é o defensor de que valores morais são historicamente construídos e resultado de poderes impostos sobre corpos e sexualidade que devem ser resistidos; Freire é o educador crítico voltado à revolução contra o capitalismo.
Como refutar ou testar – cientificamente – pesquisas amparadas na autoridade de cosmovisões revolucionárias voltadas a destruir sistemas de “opressão”? Como refutar pesquisas amparadas em experiências pessoais em que autores só são citados como argumento de autoridade?
O jornalista Gabriel Castro ainda destaca que: “Judith Butler e Simone de Beauvoir, teóricas fundamentais no desenvolvimento das chamadas “teorias de gênero”, foram mais citadas que Gilberto Freyre, possivelmente o mais influente sociólogo brasileiro (…). O liberal Adam Smith perde para o filósofo soviético Mikhail Bakhtin. Parceiro de Marx, Friedrich Engels tem mais citações que John Locke”.
As conclusões são claras: 1) as pesquisas universitárias brasileiras são predominantemente de esquerda; 2) é um escândalo que parte do rio de dinheiro em pesquisas universitárias é usado tão somente para militância e doutrinação; 3) esse tipo de educação condena o Brasil ao passado!