Os professores, estudantes e servidores técnico-administrativos da UFCG realizaram durante a manhã de hoje (11/07), em Campina Grande, uma mobilização para exigir do governo federal a abertura de negociações com as categorias que estão em greve e para protestar contra as tentativas de privatização dos Hospitais Universitários por parte da Reitoria da instituição.
A mobilização começou por volta das 8h30, em frente ao portal principal da UFCG, quando os participantes interromperam várias vezes o trânsito nas duas pistas do local para chamar a atenção da população para a greve dos docentes e servidores e para o risco de privatização dos Hospitais universitários. Milhares de panfletos informativos sobre os dois temas foram entregues à população que passava pelo local.
Em seguida, participantes dos comandos de greve dos professores, dos funcionários e estudantes, organizaram uma carreata que percorreu as principais ruas do bairro da Bela Vista e do Centro da cidade, até a Praça da Bandeira, onde aconteceu um ato público.
Durante o ato os professores explicaram a população os motivos da greve da categoria, que foi iniciada no dia 17 de maio, e as principais reivindicações da categoria: reestruturação da sua carreira, valorização do trabalho docente e melhoria das condições de trabalho. Até o momento, o governo federal não apresentou nenhuma proposta de negociação para a categoria e diz que só negociará se a categoria suspender a paralisação.
Os professores também explicaram à população as tentativas de privatização dos Hospitais Universitários da UFCG em Campina Grande e da unidade que está sendo federalizada no Campus de Cajazeiras. A última foi a decisão unilateral do reitor, Thompson Mariz, de comunicar a direção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, no último dia 28/07, a intenção da universidade de aderir a sua gestão, ignorando a vontade da comunidade universitária, que já se posicionou contrária a Empresa.
A Ebserh é uma empresa estatal, que pretende administrar os hospitais universitários de forma privada. O governo federal tem pressionado as universidades a aderir a gestão da empresa, negando a realização de novos concursos para susprir a falta de pessoal e ameaçando redução de verbas para os hospitais.
FOLHADOSERTAO com iparaíba
