A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio da Reitoria e sua Pró-reitoria de Extensão (Proex), abriu consulta pública para que os centros de ensino contribuam com o processo de creditação da extensão na UFPB. O prazo para responder à consulta teve início nesta quinta-feira (09) e vai até o dia 30 de setembro, por meio de formulário eletrônico. A medida causou polêmica dentro da universidade, enquanto membros da reitoria defendem a proposta alunos se mostram contrários. Os estudantes defendem a bandeira a favor da aprovação do bônus para estudantes do Estado, argumentando que a bonificação é uma maneira de equilibrar a seleção de estudantes, tornando-a menos desleal.
Para o coordenador do Laboratório de Economia e Modelagem Aplicada (Lema/UFPB), Aléssio Almeida, o estudo buscou enfatizar a pertinência da bonificação na UFPB. E, para o desenvolvimento da pesquisa, foram levados em consideração dados administrativos de todos os alunos que ingressaram em cursos da instituição entre os anos de 2000 e 2021. “Buscamos entender o impacto do Sistema de Seleção Unificada (SiSu) aqui na Paraíba e se houve uma mudança no perfil dos alunos depois que o SiSu se tornou o principal meio de ingresso na universidade, em 2015”, afirma, destacando que o estudo foi encomendado pela reitoria e apontou que mais de 83% dos paraibanos formados pela UFPB continuam exercendo sua profissão no Estado após concluírem o curso, enquanto que menos de 60% das pessoas que vieram de fora permanecem no mercado de trabalho paraibano.
Para Maira Aparecida, estudante de economia, a proposta é desigual, pois muitas pessoas que vêm de fora são provenientes de uma realidade socioeconômica bem estruturada e acabam tirando a oportunidade de estudantes das periferias e do interior do Estado, onde há mais dificuldades no processo de formação de um aluno. “Quem é da periferia sempre fica em prejuízo. Durante a prova do Enem há um choque de realidades muito grande e essa cota é importantíssima para reduzir essa desigualdade”, comenta.
Assim também pensa Sonally Ferreira do curso de Pedagogia, que é natural da cidade de Natal no RN. Ela lembra que universitária pretende continuar na Paraíba depois da formatura e não compreende como a medida pode ser benéfica, já que aprovação ocorre pelo SiSu, através da nota do Enem: “Sinceramente, como uma pessoa que passou pelo processo de mudança de Estado e sentiu na pele o quanto tudo é sofrido, não concordo com a medida e não acho justo com quem se esforça tanto para passar pela seleção”.
A proposta tem segundo a reitoria, o objetivo de receber contribuições da comunidade acadêmica e subsidiar a tomada de decisões do texto final da Minuta de Resolução proposta, foi disponibilizado um formulário online via Google Forms, anexo no final da matéria. O documento deve ser respondido pela direção de centro, colegiado departamental, colegiado de curso, núcleo docente estruturante, assessorias de graduação e extensão, representação discente e demais membros da comunidade acadêmica.
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Redação
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