Categorias: Educação

Reitor de UFCG omite responsabilidade de Bolsonaro no corte de R$18 mi

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O professor Antônio Fernandes que foi nomeado neste ano reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) pelo presidente Jair Bolsonaro em decreto. Ontem (13), ao comentar em entrevista o corte de R$ 1 bilhão na Lei Orçamentária Anual (LOA), sobre as universidades federais brasileiras, o reitor, sequer critica o Governo Federal, somente destaca que a universidade terá que se readequar a nova realidade financeira.

Na Paraíba, a UFCG terá um corte orçamentário de R$ 18 milhões. Segundo o reitor, Antônio Fernandes, o corte gira em torno de 20,3% no orçamento planejado para o ano. Ele foi o terceiro colocado na votação interna para escolher o próximo reitor, mas o presidente desconsiderou o resultado da eleição e nomeou o professor. O primeiro colocado mais votado na lista tríplice foi o professor Vicemário Simões, com 50,45% dos votos. O professor John Kennedy foi o segundo mais votado com 30,07%. Já o professor nomeado teve 19,47% dos votos.

“Informamos que o orçamento para despesas discricionárias da UFCG, que são despesas de custeio, investimento e assistência estudantil, previstas para este ano de 2021 é na ordem de R$ 71.242,634 exatamente. Um corte de aproximadamente R$ 18 milhões que, claro, vai impactar diretamente nas nossas atividades e planejamento que já tínhamos realizado para esse ano”, disse Antônio.

Os cortes estão relacionados às despesas discricionárias, afetando recursos destinados a investimentos e despesas correntes, como pagamento de água, luz, segurança, além de bolsas de estudo e programas de auxílio estudantil. A análise não inclui os recursos para salários e aposentadorias, que são despesas obrigatórias. “Como ocorreram cortes no orçamento previsto, faremos ajustes de despesas e revisões contratuais para podermos adequá-las ao nosso orçamento. Medidas serão tomadas, como a utilização da MP 1045, que institui um novo programa emergencial e manutenção do emprego e renda, nos moldes do programa criado em 2020, para evitar demissões e garantir a renda dos trabalhadores terceirizados”, ressaltou Fernandes.

Para evitar prejuízos aos trabalhadores, o reitor da UFCG tenta ampliar a verba. “Estamos empenhados para buscar, junto à bancada, apoio para as nossas atividades e até mesmo para um orçamento suplementar para que não deixemos nenhuma atividade programada sem realização e, para isso, precisamos muito da imprensa, da população e da sociedade na defesa da universidade”, relatou o reitor da UFCG, Antônio Fernandes.

Redação

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