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Representantes da UFPB e UFCG comentam impactos durante a pandemia do coranvírus

Em plena pandemia do coronavírus no mundo, representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) comentam sobre a realidade financeira das suas instituições. Segundo dados às instituições públicas de ensino superior da Paraíba sofreram o corte de mais de 600 bolsas de incentivo à pesquisa de pós-graduação, após o anúncio no último mês da Portaria nº 34, publicada no dia 9 de março, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação.

Em entrevista a imprensa a pró-reitora de Pós-Graduação da UFPB, Maria Luiza Feitosa, disse que os cortes de bolsas foram realizados sem propostas e acordos e representam uma surpresa, em especial, diante da pandemia do coronavírus (Covid-19).

“Os cortes atingiram principalmente a área das ciências sociais e das engenharias. Mas é um programa de cortes que vem desde o ano passado. Eles implementaram este ano agora no mês de março fora de qualquer acordo e de qualquer proposta que tenham apresentado para a pós-graduação do país. O ruim é que isso é para qualquer área, é pela nota e não pela área do programa. Diante dessa questão da Covid-19, até a área de medicina, por exemplo, de saúde coletiva, de saúde da família , mesmo assim sofrem cortes”, esclareceu Maria Luiza Feitosa.

Mais de 300 bolsas de pós-graduação que eram mantidas pelo Capes na UFPB foram cortadas após divulgação de portaria com novo modelo de concessão de bolsas, de acordo com a instituição. A portaria n° 34 da Capes vai cortar 346 bolsas de pós-graduação da UFPB, cerca de 26% do total de bolsas mantidas na instituição de ensino.

De acordo com a instituição, a maioria dos cortes foram em cursos de pós-graduação com notas entre 3 e 5, sendo 7 a nota máxima de avaliação do Ministério da Educação (MEC). A nova norma revoga parcialmente as regras divulgadas em fevereiro deste ano, presentes nas Portarias da Capes de Nº 18 e 20, de 20 de fevereiro, e de Nº 21, de 26 de fevereiro. “Os cortes independem da nota ou região em que se encontram. Nem mesmo os programas nota 6, padrão de excelência internacional, foram poupados”, comenta.

Cursos da UFPB com maiores perdas:

  • História: 27
  • Serviço social: 21
  • Química: 19
  • Sociologia: 14
  • Psicologia: 14
  • Artes visuais: 13
  • Informática: 13

UFCG- Na UFCG a realidade segundo o pró-reitor de Pós-graduação da UFCG, Benemar Alencar, não é muito diferente, pois ressalta que as consequências negativas para as instituições de ensino superior do Nordeste e particularmente para a UFCG são grandes. “A Capes adotou esse novo modelo, mas que teve consequências muito severas para a UFCG em particular, e para todas as instituições, sobretudo do Nordeste que tem um número razoável de programas novos que foram duramente atingidos. No caso da UFCG, tivemos alguns programas que chegaram a perder todas as bolsas de um determinado curso. Os mais atingidos foram história, física e engenharia química. Esses realmente estão com muita dificuldade diante desses cortes tão radicais”, comentou.

 

Redação

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