A Copa do Mundo 2014 vai ser "a mais segura que o mundo vai conhecer", na opinião do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Em Paris, na França, para promover o evento, o ministro avalia que, "estatisticamente", o País tem menos chances de sofrer com a violência do que anfitriões desenvolvidos – como "a Europa e os Estados Unidos" -, que enfrentam atos motivados por ódio religioso, racial ou étnico. "Acho que o Brasil está menos exposto a um tipo de violência – essa do ódio nacional, religioso, étnico. Estamos mais expostos a essa violência social do dia a dia", afirmou Aldo Rebelo. "Nós não registramos atentados em metrôs, aeroportos. Temos a violência do crime comum. Tomamos as providências para que este risco seja reduzido e as pessoas sejam menos expostas".
Para ele, a eclosão de protestos violentos durante o Mundial de futebol também não é uma preocupação porque "a Copa do Mundo é um evento que se autoprotege". Na opinião do ministro, o clima festivo com a chegada das delegações e dos turistas vai acabar por dissuadir eventuais manifestações. Além da violência, os preços praticados no Brasil também têm sido alvo da imprensa estrangeira ao abordar a competição. Aldo Rebelo assegura que, embora não esteja nos planos do governo promover qualquer controle sobre os preços de passagens aéreas e quartos de hotéis, vai "acompanhar para evitar qualquer tipo de abuso".
A avaliação é a de que órgãos de defesa do consumidor serão os intermediários para evitar aumentos abusivos. O governo trabalha com a hipótese de um pico nos valores, a poucos meses do início dos jogos, seguido por uma queda nos preços, nas vésperas da abertura. O ministro assegura ainda que 90% das obras essenciais de infraestrutura e mobilidade serão entregues até junho de 2014. "Geralmente o noivo fica preocupado porque a noiva não chega na hora. Mas numa hora ela chega. Não conheço nenhum casamento que deixou de acontecer porque a noiva não chegou", brincou. "Atrasou, mas chegou".
Ele ainda comentou o abandono, pelo Senado, do requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os gastos com as obras para a Copa. O governo teria feito pressão, nos bastidores, para que nove senadores retirassem o apoio à CPI, inviabilizando a comissão. "Eu fui presidente de uma CPI, investigamos tudo que você possa imaginar", disse. "Que eu saiba não foi o governo. Quem determina a realização de uma CPI é o próprio Congresso, e não o governo. O Congresso tem toda a autonomia, toda a liberdade".
Aldo Rebelo também defendeu a aplicação uma punição técnica aos clubes endividados. Aquele "que não respeitar o fair play financeiro" deve estar sujeito à perda de pontos nos campeonatos ou ao bloqueio do aceso à lei de incentivo ao esporte. "Não queremos o perdão das dívidas. Queremos o alongamento do perfil dessa dívida, mas que eles a paguem. Atrasou, tem a punição", explicou. O prazo para renegociar as dívidas poderia variar entre 180 e 240 meses. Nesta quinta, o ministro fará uma apresentação sobre a Copa no Brasil na embaixada brasileira em Paris, ao lado do ex-jogador Ronaldo. No dia seguinte, reúne-se com a ministra francesa do Esporte, Valérie Fourneyron.
Estadão
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