O Estádio Olímpico não é o Mineirão, o Roma não é a Seleção, porém, de alguma forma, a goleada do Bayern de Munique por 7 a 1, nesta terça-feira, lembrou a fatídica semifinal da Copa entre Alemanha e Brasil. As semelhanças são muitas. Com cinco campeões mundiais em campo (Neuer, Lahm, Boateng, Müller e Götze), os bávaros não se intimidaram com a forte presença da torcida italiana e fizeram uma partida avassaladora. Assim como no Mundial, os alemães foram para o intervalo vencendo por 5 a 0. Nome do jogo, Robben marcou dois. Lewandowski, Götze, Müller, Ribery e Rafinha – curiosamente o brasileiro marcou o sétimo -, completaram. Gervinho descontou para os mandantes. O Super Bayern está de volta.
A terceira goleada seguida – venceu Hannover (4 a 0) e Werder Bremen (6 a 0) pela Bundesliga -, deixou o Bayern a um passo das oitavas de final na Liga dos Campeões. Com nove pontos, os bávaros dispararam na liderança do Grupo E. Apesar da derrota, o Roma vem em seguida, com quatro. Em terceiro, o Manchester City tem dois, enquanto o CSKA Moscou amarga a lanterna, com apenas um. Uma vitória sobre o Roma na próxima rodada (5/11) assegura aos alemães uma vaga na próxima fase.
A partida no Estádio Olímpico lembrou muito o dia 8 de julho, quando a seleção brasileira sofreu sua pior derrota na história, perdendo por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. Diferentemente da seleção alemã, no entanto, o Bayern ainda conta com outro algoz do Brasil: Arjen Robben. Endiabrado, o holandês infernizou a vida da defesa do Roma e comandou a goleada. Foi dele o primeiro gol, em chute de canhota, após bela trama com Lahm.
Sem deixar os donos de a casa respirarem, os bávaros atropelaram e construíram a goleada nos 45 minutos iniciais. Depois do gol de Robben, Lewandowsk, Götze, Müller (de pênalti) e o próprio holandês ampliaram, deixando o Estádio Olímpico (quase) em silêncio. Alguns bravos alemães que foram à capital italiana se fizeram ouvir.
Na volta do intervalo, na tentativa de mudar o panorama, o técnico Rudi Garcia trocou Totti e Ashley Cole por Florenzi e Holebas. O Roma melhorou no ataque, mas seguiu deixando espaços para os alemães. Com as mudanças, os italianos cresceram no jogo, diminuíram com Gervinho e poderiam até ter feito mais gols, caso Neuer não estivesse em noite inspirada.
Com o resultado garantido, Guardiola resolveu poupar alguns de seus craques e sacou Müller e Lewandowsk. E assim como aconteceu na Copa, os substitutos entraram com fome de gols. Ribery marcou um golaço por cobertura, após assistência de Robben, e quis o destino que um brasileiro fechasse a goleada: Rafinha, que entrou no lugar de Müller, marcou o sétimo.
Globo Esporte