A Copa do Nordeste 2021, de fato, não foi boa para o futebol paraibano. Tanto Botafogo-PB quanto Treze acabaram eliminados na fase de grupos, separados por um ponto mesmo em chaves diferentes. É sempre bom ressaltar o alto nível da competição e também que os alvinegros tiveram caminhos diferentes nessa disputa. Contudo, é importante também que a dupla repense o desempenho em jogos complicados, tudo isso se desejarem realmente lutar pelos acessos no Campeonato Brasileiro, com o Belo na Série C e o Galo na Série D, além do título do Campeonato Paraibano.
Com uma expectativa gerada pelas três últimas campanhas na Copa do Nordeste, o Botafogo-PB entrou na disputa com uma folha mais modesta. Além disso, para chegar na fase de grupos, o Belo derrotou o Atlético-BA na fase preliminar, no ano passado, ainda com Evaristo Piza no comando técnico. Para 2021, Marcelo Vilar, ídolo do clube, foi contratado para montar o elenco num ano em que a diretoria pregou austeridade para conviver com os problemas financeiros.
O fato é que Botafogo-PB não conseguiu engrenar em momento algum da campanha no regional. O time nem sequer oscilou, pois sempre conviveu com problemas dentro de campo. Teve problema no elenco, com jogadores lesionados, inclusive no sistema ofensivo.
Foram seis jogos sem vitória, incluindo a derrota para o Treze no clássico que foi disputado no Distrito Federal. Esse resultado foi a gota d’água, e o técnico Marcelo Vilar acabou demitido.
Para o seu lugar, o gaúcho Gerson Gusmão foi contratado e concluiu a participação do Belo na Copa do Nordeste, conquistando um empate, que decretou a eliminação antecipada da equipe, e uma vitória, a primeira da equipe em 2021. Ou seja, a primeira vitória alvinegra na temporada aconteceu somente no oitavo jogo. Todavia, no geral, a campanha botafoguense no Nordestão foi muito decepcionante.
Galo ficou no quase
O ano de 2020 terminou de maneira melancólica, com o rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro. E buscando virar a página, o Galo apostou num ídolo para comandar a equipe. Marcelinho Paraíba, aposentando dos gramados de vez, se tornou o treinador e, logo de cara, tinha de disputar a Copa do Nordeste, competição que o Treze entrou diretamente na fase de grupos após ter sido campeão paraibano.
Para o Nordestão, o Treze montou um time enxuto, com nomes que buscavam se provar e outros conhecidos de Marcelinho Paraíba. Somado aos reforços, tinham também os remanescentes, como o caso do goleiro Jeferson. Foi com essa fórmula que o Galo começou a sua campanha no regional.
Ao todo, foram oito partidas pela Copa do Nordeste. Nesse meio, também teve a eliminação na Copa do Brasil, perdendo para o América-MG na primeira fase, isso num jogo em que o Treze conseguiu competir bem. Já na competição da região, o Galo oscilou demais bons e maus momentos, sendo competitivo em partidas daquelas consideradas mais difíceis, como contra CSA e Fortaleza, ambos fora de casa, e também nas vitórias contra Altos e Botafogo-PB. Nessas duas outras partidas, porém, o Alvinegro de Campina Grande sofreu mais do que o esperado.
Em compensação, o time de Marcelinho Paraíba também acumulou resultados ruins, justamente que culminaram na queda na fase de grupos. O Treze perdeu três vezes, uma para o ABC em casa, e para Salgueiro e Vitória, ambas longe de Campina Grande. Na rodada final, quando o Galo contou com o empate sem gols do Sampaio Corrêa com o CSA, placar que ajudaria a equipe na classificação, o time não foi capaz de superar um Sport já eliminado e com um elenco bem alternativo. Ou seja, a falta de ação quando necessário ainda prejudica os atuais campeões paraibanos.
O Treze somou nove pontos na copa do Nordeste. Foram duas vitórias, dois empates e três derrotas. O Galo marcou sete vezes e foi vazado em 10 oportunidades. O aproveitamento da equipe foi de 37,5%.
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