A missão do Náutico de avançar pela primeira vez para as quartas de final da Copa do Nordeste, desde a retomada da competição em 2013, ficou mais complicada. Após estrear com um empate com o Altos, em casa, os alvirrubros tinham a chance até mesmo de assumir a liderança do Grupo C em caso de vitória contra o Botafogo-PB. Porém, a derrota por 2 a 1, de virada, no estádio Almeidão, deixou os alvirrubros com apenas um ponto, na terceira colocação e fora da zona de classificação Os paraibanos, com seis, ficam na primeira colocação.
Com isso, o Náutico tem um compromisso de vida ou morte na próxima rodada, dia 22, contra o Bahia, que soma três pontos, na Fonte Nova. Antes, porém, volta a campo na próxima quarta-feira de Cinzas, diante do Fluminense-BA, pela Copa do Brasil.
O jogo
Contando com quase todo o elenco à disposição desta vez, o técnico Roberto Fernandes mandou a campo o que considerou a força máxima alvirrubra para a partida. Que nesse caso, além do retorno de jogadores importantes como Wallace Pernambucano e Negretti, poupados nas duas últimas partidas, também contou com a volta do meia Medina, recuperado de lesão, e a permanência dos atacantes Robinho e Rafael Assis, destaques na goleada por 4 a 0 sobre o Salgueiro, na última terça-feira.
E se ofensivamente, o Timbu fez uma uma boa apresentação no primeiro tempo, com destaque especial para Medina e Wallace Pernambucano, o mesmo não pôde ser dito da defesa. Com falhas individuais e de posicionamento, os defensores alvirrubros foram os responsáveis diretos pela equipe descer para o intervalo atrás do placar.
O jogo, por sinal, começou elétrico. Logo aos quatro minutos, após ótima jogada de Medina pelo lado esquerdo, Wallace Pernambucano, mais uma vez atuando como centroavante, cabecou sem chance de defesa para o goleiro Édson, abrindo o placar para o Náutico. Vantagem, porém, que durou pouco. Cinco minutos depois, após cobrança de escanteio, o zagueiro Gladstone (ex-Náutico) ganhou de cabeça para Camutanga e empatou.
A partir daí, o confronto ficou equilibrado, com Medina e Wallace sendo sempre as principais peças ofensivas alvirrubras. Dessa vez, Robinho e Rafael Assis, cada um aberto por uma ponta no ataque, pouco produziram. Assim, a melhor chance de voltar a frente do marcador foi uma falta cobrada no travessão por Wallace, sofrida por ele mesmo após jogada individual, aos 36.
Encontrando muito espaço na marcação, principalmente na entrada da área, os donos da casa também ameaçavam. A virada, porém, só veio graças a uma falha do goleiro Bruno, que socou para dentro um escanteio cobrado pelo experiente meia Marcos Aurélio (ex-Sport). Gol olímpico.
Segundo tempo
Na volta para a etapa final, apesar da desvantagem, Roberto Fernandes não fez nenhuma mudança na equipe. Porém ciente de que precisava ao menos pontuar para não ver a situação se complicar na competição, o treinador sacou o volante Josa aos 14 minutos, para a entrada do atacante Fernandinho, mais um a retornar de lesão.
A alteração, no entanto, não deu resultado, com o time se desorganizando na frente. Enquanto na defesa, seguia levando desvantagem nas bolas áreas. Em mais um escanteio, Gladstone, outra vez no primeiro pau, cabeceou próximo a trave esquerda.
As últimas cartadas do treinador alvirrubro veio aos 25, com as entradas dos pratas da casa Cal Rodrigues e Tharcysio nas vagas de Medina e Robinho. Com isso, o Náutico passou a ter dois jogadores fixos a frente. Mas a essa altura, a equipe já não tinha mais forças para reagir, em um segundo tempo fraco, ameaçando mais uma vez apenas lances de faltas. Uma de Wallace e outra por Cal. Essa novamente na trave. Porém, o fato é que o goleiro Édson não fez uma defesa sequer no segundo tempo.
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