Brasil joga mal e cai diante de misto da Itália em casa
A torcida fez a parte e encheu o ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos. Mas faltou as brasileiras retribuirem emn quadra: atuando mal, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães perdeu para o time misto da Itália neste domingo por 3 sets a 1, parciais de 25/22, 25/21, 18/25 e 25/19.
Definida por Zé Roberto como o melhor time da atualidade, a Itália havia sido surpreendida pelo Japão na estreia, na sexta-feira e parecia não assustar tanto. Desta vez, entretanto, o técnico Massimo Barbolini optou por colocar em quadra o melhor que trouxe ao interior paulista: Giulia Rodon, Serena Ortolani, Antonella Del Core, Francesca Piccinini, Jenny Barazza e Valentina Arrighetti, com Enrica Merlo de líbero – o treinador não tinha à disposição três de suas titulares (a levantadora Eleonora Lo Bianco, a central Simona Gioli e líbero Paola Cardullo), que nem vieram ao Brasil.
O treinador brasileiro, por sua vez, optou por iniciar com a mesma formação dos jogos contra Taiwan e Japão: Dani Lins, Sheilla, Mari, Jaqueline, Fabiana, Thaísa e Fabi de líbero. O problema é que, ao contrário do jogo contra as nipônicas, o passe voltou a falhar e o ataque verde-amarelo se tornou presa fácil das europeias. Zé ainda fez o que pode e colocou Fabíola, Paula Pequeno e Natália em quadra, mas só adiantou no terceiro set.
O resultado deixa as brasileiras ainda mais entaladas com as rivais, que as venceram no último confronto entre os times, válido pela Copa dos Campeões, no fim do ano passado – o jogo acabou sendo decisivo para o resultado final da disputa, que terminou com a Itália campeã. A equipe verde-amarela ainda perdeu uma invencibilidade de 27 jogos no Grand Prix.
Com duas vitórias e uma derrota no primeiro fim de semana do Grand Prix, o Brasil segue a luta pelo nono título da competição na próxima sexta-feira, quando encara a República Dominicana em Macau. Já a Itália vai até a Tailândia onde também na sexta encara os Estados Unidos.
O jogo
O Brasil começou a partida deste domingo melhor e, aproveitando-se principalmente da desatenção de Piccinini, abriu uma vantagem de dois pontos: 3 a 1. A ponteira rival, porém, não demorou a entrar no jogo e perturbar a defesa verde-amarela ao lado da oposto Ortolani.
Se por um lado errava muito (foram seis pontos cedidos somente nesta parcial), as brasileiras contavam com o talento de Thaísa e Mari para não deixar as europeias escaparem no placar. E, assim, graças a dois pontos seguidos da central do Sollys/Osasco, o Brasil chegou ao 19/19.
O passe, porém, não entrou e, mesmo com uma rápida passagem de Natália em quadra, a Itália fechou o set graças a dois erros na sequência de Mari: no saque, a atacante entrou na frente de Jaqueline e tirou o passe da mão da companheira de seleção. Na sequência, ao tentar se recuperar, ela cortou a bola para fora.
O segundo set começou ainda pior e Zé Roberto não demorou a trocar de levantadora, colocando Fabíola no lugar de Dani Lins. A substituição surtiu efeito e o Brasil encostou no placar, chegando ao 6 a 8 em uma bola fora da Itália.
A oportunidade, no entanto, não foi aproveitada e Paula Pequeno substituiu Mari. A MVP das Olimpíadas de Pequim quase fez um ace em seu primeiro saque, mas a bola foi para fora por pouco. No ataque, Jaqueline continuava a ser presa fácil do bloqueio italiano e, com 10/16, a torcida já começou a pedir Natália em quadra.
A "sugestão" foi aceita e a jovem jogadora entrou na saída, com Sheilla indo para a reserva. Nada mudou e não demorou para as italianas abrirem sete pontos (13/20). Zé Roberto pediu tempo e, com Jaqueline no saque, as campeãs olímpicas fizeram quatro pontos seguidos, dando esperança para os torcedores em São Carlos.
Dois aces de Fabiana tiveram o mesmo efeito, mas as rivais chegaram ao set point e, em um saque errado de Fabíola, a Itália abriu 2 sets a 0, tornando as coisas bastante complicadas para a equipe da casa.
Foi aí que o Brasil esboçou uma reação: Jaqueline, que até então havia marcado apenas um ponto, finalmente começou a brilhar. Com Thaísa no saque e ela virando tudo no ataque, as brasileiras abriram 6 a 1 logo de cara. O bloqueio também melhorou, proporcionando mais contra-ataques. Assim, a vantagem foi mantida até que Natália fez o ponto que colocou 2 sets a 1 no placar.
Apesar da empolgação, as falhas voltaram a se repetir e a Itália chegou ao 3/7. Desta forma, Dani Lins e Mari voltaram à quadra. O time até melhorou, mas as italianas pegavam tudo na defesa e Zé teve que parar o jogo mais uma vez. Não foi o suficiente e as adversárias fecharam a partida em um bloqueio explorado por Barazza.
Correio Braziliense
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