Há quatro anos, em Hamamatsu, no Japão, a estreia da Seleção Brasileira no Campeonato Mundial, com queda por 83 x 77 para a Austrália, foi o prenúncio de um torneio desastroso para o Brasil. A Seleção terminou a competição na horripilante 19ª colocação, a pior da história do país em mundiais.
Talvez por isso, o ala Leandrinho, que defenderá nesta temporada da NBA o Toronto Raptors, e que participou do Mundial de 2006, estava tão aliviado, ontem, após a vitória tranquila do Brasil sobre o Irã, por 81 x 65, na estreia do time no Campeonato Mundial da Turquia.
Apesar da falta de tradição do rival e de uma atuação do Brasil que esteve longe de ser brilhante, o ala fez questão de ressaltar a importância da vitória. Hoje, às 15h30, o Brasil, do técnico argentino Rubén Magnano, volta à quadra em Istambul, para seu segundo compromisso, contra a Tunísia. “No último Mundial, não conseguimos vencer o primeiro jogo e isso pesou bastante”, confessou Leandrinho, que teve uma atuação convincente, assim como Tiago Splitter e Guilherme Giovannoni. “Agora, conseguimos tirar esse pesinho das nossas costas, mesmo sendo contra o Irã, onde a gente não escuta falar muito em basquete. Mas eles vieram para ganhar e deram trabalho para a gente”, continuou.
Diferentemente do que aconteceu em 2006, desta vez a ordem dos confrontos beneficiou o Brasil. Apesar de ter caído no mesmo grupo dos Estados Unidos, grande favorito ao título, Irã e Tunísia foram os dois melhores rivais que a Seleção poderia ter tido. Tanto que Magnano preferiu poupar um dos grandes nomes do time, o ala-pivô do Cleveland Cavaliers, Anderson Varejão. Ainda recuperando-se de uma entorse no tornozelo direito, o jogador não atuou ontem e não entrará em quadra hoje.
O Brasil começou o Mundial com o quinteto formado por Marcelinho Huertas (armador), Alex, Guilherme Giovannoni, Leandrinho (alas) e Tiago Splitter (pivô) e, desde o começo, a defesa e os contra-ataques em velocidade foram as grandes armas. Ao longo da partida, Magnano revezou bastante a equipe, procurando poupar os titulares e dar ritmo de jogo ao banco. Entretanto, nos momentos em que o quinteto inicial não estava em quadra, o Brasil demonstrou uma queda de produção, o que evidenciou a dependência dos titulares.
Correio Braziliense