O Campeonato Paraibano está sempre chamando a atenção do País, mas infelizmente nunca por ser um campeonato de alto nível, ou por ter uma organização exemplar. É sempre com manchetes negativas, como manipulação de resultados, gramados com a grama largando, sem pintura, repórter que entra em campo montado em um jumento, torcedores registrados nos estádios sem nunca ter se quer vindo a Paraíba, e por aí a fora. A mais nova é o recorde em demissão de técnicos. A média do atual Campeonato Paraibano é de uma demissão por rodada.
A competição teve até o momento 4 rodadas e 4 técnicos já foram demitidos. O primeiro a ser dispensado foi Jazon Vieira, no Sousa, com apenas 2 rodadas e invicto. No último fim de semana, foram mais 3 demissões: o técnico do Treze, Maurílio Silva, após perder para o Perilima; Índio Ferreira foi dispensado do Nacional, depois da derrota para o Atlético de Cajazeiras; e por último, Luciano] Silva, mandado embora pelo Serrano, após a derrota para o Esporte por 2 a 0.
Para o ex-treinador do Sousa, Jazon Vieira, que até hoje, ainda não entendeu porque foi mandado embora. "Eu tive 3 passagens pelo Sousa, e em 11 jogos disputados no Marizão, venci 8 e empatei 3. Tirei o Sousa da zona do rebaixamento, em 2016, e levei às semifinais do Campeonato Paraibano, ganhando inclusive uma vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D. No ano passado, fiz a terceira melhor campanha de todo o campeonato estadual. E este ano, não perdi nenhuma partida, nem na pré-temporada, nem no campeonato, e fui surpreendido com o motivo de minha dispensa, que seria para sacudir o time para novas conquistas.
Segundo Jason Vieira, os dirigentes paraibanos são imediatistas, não oferecem condições de trabalho e cobram, alguns chegam inclusive a dar palpites e quererem escolher jogadores para entrar em campo, o que ele não admite. "Eu escolho quem está melhor fisicamente, tecnicamente e taticamente, e não admito interferências. Espero que um dia a mente destes dirigentes evoluam", finalizou Jazon. Assim como Jazon, Índio Ferreira também ficou muito surpreso com a sua demissão do Nacional. "Eu tive uma pequena pré-temporada de 18 dias para preparar a equipe. Não podia fechar os treinos para ensaiar jogadas que pudesse surpreender os adversários, e na competição, só perdi para os líderes do grupo B, e na casa deles, faltando ainda os jogos de volta. Consegui 6 pontos em 4 jogos, e a equipe estava subindo de produção", disse o ex treinador do Canário do Sertão.
Redação
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