Em entrevista ao Terra, o presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, afirmou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) rejeitou a ideia de fazer um Campeonato Brasileiro de 2014 com 24 times, conforme foi especulado pelo jornal Lance! nesta terça-feira. O dirigente disse que esteve em reunião com o presidente José Maria Marin e o vice Marco Polo Del Nero, e que ambos disseram que a confederação não tem como organizar uma competição nestes moldes – porém, uma liga independente de clubes poderia levar a ideia adiante.
"Estive com eles (Marin e Del Nero) para ver se me ajudavam financeiramente, porque a situação que os clubes brasileiros estão vivendo não é fácil. São homens maravilhosos, mas que fazem o possível, não o impossível. Segundo eles, a lei não permite fazer com 24 clubes, tem que criar uma liga para isso poder acontecer", disse Lico, explicando depois que a ideia da liga de clubes foi ideia dele próprio.
"Eu que citei isso lá, falei da injustiça que foi feita com a Portuguesa, que não merecia cair fora do campo. Por tudo isso eu pedi que acontecesse alguma coisa como aconteceu na Copa João Havelange, mas eles descartaram os 24 clubes. Isso é verdade, infelizmente para mim é lamentável estar falando isso para vocês, mas é isso que me foi falado lá pelo presidente Marin", disse o mandatário rubro-verde.
A Copa João Havelange, em 2000, foi a competição que substituiu o Campeonato Brasileiro daquele ano graças a um recurso do Gama na Justiça comum contra o rebaixamento sofrido no ano anterior. Organizado pelo Clube dos 13 ao invés da CBF, o torneio reuniu 116 times em quatro "módulos", fazendo com que qualquer um tivesse chances de título.
Para Lico, a realização de um torneio nos moldes da Copa João Havelange, sem rebaixar nenhum clube de divisão, não seria uma "virada de mesa". Ele se declarou a favor da legalidade e afirmou que apenas luta pelo direito da Portuguesa, que foi rebaixada após julgamento no STJD em que perdeu quatro pontos pela escalação irregular do meia Héverton na última rodada do Brasileiro de 2013, contra o Grêmio.
"Eu respeito a lei, quero fazer tudo dentro da legalidade, tapetão é uma coisa muito ruim. Várias vezes, dirigentes da Portuguesa tentaram (virada de mesa) e eu sempre fui contra. Mas acho incoerente, se ganhei no gramado não posso perder nos escritórios e tribunais. Para alguns erros deviam haver multas ou coisas assim, mas não tirar um time que ganhou no gramado", declarou.
Terra
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