O planeta bola tem um novo dono. Neste sábado (12/2), o Chelsea venceu o Palmeiras por 2 x 1 e faturou o Mundial de Clubes da Fifa. A conquista veio de forma emocionante, somente na prorrogação, quando Havertz fez de pênalti. O Verdão retorna para casa com o vice-campeonato em sua melhor campanha no torneio internacional.
O primeiro tempo começou aberto e com o Palmeiras se atirando ao ataque. A equipe paulista teve chances de abrir o placar com Rony e duas vezes com Dudu. O Chelsea, por sua vez, demorou para entrar no ritmo da partida e encontrou suas melhores oportunidades somente nos últimos 10 minutos da etapa inicial, em chute perigoso de Thiago Silva.
Os últimos 45 minutos foram ainda mais movimentados. Os Blues abriram o placar com Lukaku, enquanto o Verdão foi buscar o empate com Raphael Veiga, levando a decisão para a prorrgação. No tempo extra, a superioridade europeia foi recompensada após Luan colocar a mão na bola. Havertz cobrou pênalti e fez o gol que garantiu o título inglês.
Ao contrário do que se pensava, a decisão começou aberta e o Palmeiras foi quem teve as primeiras iniciativas do jogo. Logo aos quatro minutos, Danilo ficou com a sobra de fora da área e chutou rasteiro. A bola contou com desvio adversário no meio do caminho e terminou com escanteio palmeirense. Na sequência, Rony foi acionado pela ponta direita e balançou na frente de Rudiger na entrada da área. O camisa 10 se empolgou e finalizou para longe do gol defendido por Mendy. A resposta do Chelsea veio pela velocidade de Havertz, que acionou Hudson-Odoi. A tentativa inglesa, porém, parou no bloqueio brasileiro.
Buscando equilibrar a partida, os atuais campeões europeus tinham o toque de bola como uma de suas principais armas. Abusando pivô, Lukaku conseguiu cavar faltas e ir ganhando campo para a equipe inglesa. Em lance de bola parada, Mount arrematou e a bola passou no canto direito de Weverton. O Palmeiras tentou responder novamente com Rony. Ele ficou sobra na grande área e, livre, cabeceou fraco nas mãos de Mendy. Os palestrinos ainda tiveram, com Dudu, duas boas chances de abrir o placar. A primeira de fora da área, quando chutou colocado e quase surpreendeu o goleiro do Chelsea. A segunda veio após passe de Zé Rafael deixá-lo em boas condições para chutar cruzado. O camisa 7 chutou mascado e para fora.
Os últimos 10 minutos do primeiro tempo foram de total domínio do Chelsea. A equipe de Thomas Tuchel pressionou a saída de bola adversária e encontrou espaços para chegar ao campo ofensivo. Uma boa chance saiu pela direita, em cruzamento rasteiro de Havertz para trás. Danilo afastou mal e a bola quase sobrou para Lukaku na pequena área. Mas a melhor chance londrina de abrir o placar em Abu Dhabi saiu dos pés do brasileiro Thiago Silva. Mesmo de muito longe, ele avançou com liberdade e finalizou firme, forçando a defesa de Weverton. Apesar do placar zerado, os ingleses levaram vantagem na posse de bola (70% x 30%) e precisão dos passes (89% x 73%).
Verde é a cor da esperança
A volta dos vestiários se desenhou exatamente como terminou o primeiro tempo. O Chelsea seguiu com maior posse de bola e acuando o Palmeiras. A primeira finlização dos Blues na etapa complementar veio dos pés do Rudiger. Ele dominou de muito longe e arriscou o chute por cima do gol defendido por Weverton. A finalização do zagueiro alemão era presságio do que estava por vir. Aos nove, Hudson-Odoi ganhou espaço pela esquerda e colocou a bola na cabeça de Lukaku. O centroavante venceu a marcação de Luan e estufou as redes palmeirenses.
A vantagem deixou os ingleses ainda mais confortáveis na partida. No lance após o gol, Pulisic tabelou com Lukaku e soltou um foguete de canhota na entrada da área. Mesmo no prejuízo, o Verdão não desistiu. Após disputa pelo alto, Thiago Silva pôs mão na bola e o árbitro, com auxílio do VAR, assinalou o pênalti. Raphael Veiga converteu e renovou as esperanças de Abu Dhabi à capital paulista. Apostando nos toques de bola, o Chelsea quase marcou o segundo após jogada trabalhada entre Kanté e Lukaku, terminando nova finalização de Pulisic rente à trave.
Valente e compromissado taticamente, o Palmeiras teve fôlego para suportar o ímpeto do Chelsea e conseguir levar a decisão para a prorrogação. A persistência do empate não fez jus às estatísticas do segundo tempo. Assim como na primeira etapa, os Blues levaram a melhor na posse de bola (67% x 33%) e nas finalizações (15 x 10).
Prorrogação londrina
Como de praxe, 30 minutos de prorrogação foram de um jogo estudado e extremamente tático. O Chelsea dominou o campo de jogo, mas não conseguiu traduzir a superioridade em bolas na rede. A melhor chance de gol veio quando Werner invadiu a área e finalizou na zaga palmeirense. A bola mudou de trajetória e resvalou na trave. O lance, porém, por posição de impedimento, não valia mais. O lance derradeiro da partida veio após mão na bola do zagueiro Luan. O árbitro marcou o pênalti e Havertz marcou o gol que garantiu o troféu mundial para os ingleses.
Correio Braziliense
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