Quem já fez aposta esportiva na Betfair certamente sabe como funciona o UFC, sigla para o Ultimate Fighting Championship. Trata-se da principal competição de MMA (artes marciais mistas, em tradução literal) do mundo e que consagrou nomes como Jon Jones, Anderson Silva, Conor McGregor, Amanda Nunes e José Aldo .
O responsável pelo surgimento do UFC foi um brasileiro. Em 1993, Rorion Grace criou a competição para mostrar ao mundo a soberania do jiu-jitsu sobre as outras artes marciais.
Em 2002, o evento foi adquirido pelo empresário Dana White, que foi responsável pela transformação do MMA na indústria bilionária que é hoje. Estima-se que o UFC, hoje controlado pelo grupo Endeavor, tenha um valor de mercado de US$ 21 bilhões, o que equivale a mais de R$ 100 bilhões.
Confira abaixo mais curiosidades sobre a história e o funcionamento do UFC:
Vale tudo
O UFC da década de 1990 era bem diferente do que a gente conhece hoje. A primeira edição, por exemplo, tinha apenas três regras: sem mordidas, sem golpes no olho e sem pescar (dedos dentro da boca). Era o famoso “vale tudo”.
Contudo, a violência dessa modalidade causou banimento e proibições em várias cidades. Aos poucos foram surgindo regras para o esporte, até chegar, na virada do século, ao MMA com regras unificadas que transformaram como funciona o UFC e impactando também outros eventos, como o Jungle Fight e o Bellator.
As regras
Hoje, uma luta no UFC consiste em três rounds de cinco minutos (exceto em disputas de cinturão, quando a luta é disputada em cinco rounds), os lutadores são obrigados a usar protetores bucais e genitais. O lutador vencedor de cada round recebe 10 pontos, caso a luta não seja encerrada por nocaute ou finalização é a soma desses pontos que define o vencedor.
O divisor de águas
Apesar de popular nos Estados Unidos desde que reformulado e adquirido por Dana White, no Brasil o UFC ainda era um produto muito nichado. Isso mudou em 2011, quando Anderson Silva e Vitor Belfort se enfrentaram na luta principal do UFC 126. O nocaute do Spider com um chute frontal é lembrado pelos fãs até hoje
No mesmo ano, o Brasil voltou a sediar um evento do UFC pela primeira vez desde 1998. E também foi a primeira vez que as lutas foram transmitidas ao vivo na TV aberta. O sucesso da RedeTV com a transmissão chamou a atenção da Rede Globo, que adquiriu os direitos e começou a exibir o UFC a partir de 2012.
Nessa época, o UFC viveu o auge da popularidade no Brasil, principalmente pela variedade de campeões que tinha no óctogono. Na década passada tivemos como campeões Renan Barão, Rafael dos Anjos, Mauricio Rua, Junior Cigano, José Aldo, Jéssica Andrade, Fabricio Werdum, Cris Cyborg, Amanda Nunes e, é claro, Anderson Silva.
O Spider
Quem começou a acompanhar e fazer aposta no UFC há pouco tempo talvez não tenha dimensão do fenômeno que foi Anderson Silva. Ele estreou no Ultimate em 2006, impressionou com um nocaute em 48 segundos e já brigou pelo cinturão na luta seguinte, tornando-se campeão e permanecendo assim por sete anos.
Após 10 defesas de cinturão consecutivas, ele foi enfim superado por Chris Weidman, em 2013, quando foi nocauteado pela primeira vez. Apenas 5 meses depois, o Spider teve a oportunidade da revanche, mas ele quebrou a perna de forma chocante durante a luta e não conseguiu prosseguir. No mês passado, Silva entrou, com todos os méritos, para o Hall da Fama do UFC.
Esquadrão brasileiro
Uma parte considerável do público brasileiro perdeu o interesse no UFC após a lesão e a aposentadoria de Anderson Silva. Mas a verdade é que o país nunca deixou de revelar ótimos lutadores no UFC, como Deiveson Figueiredo, Pedro Munhoz, Charles do Bronx, Jéssica Bate Estaca e Amanda Lemos.
Atualmente, o Brasil conta com apenas um campeão, o Alexandre Pantoja. Ele é o dono do cinturão dos pesos-mosca.
O UFC das minas
As mulheres entraram no UFC somente em 2012, com destaque para Ronda Rousey, a primeira lutadora contratada por Dana White e primeira dona de cinturão no feminino.
A última grande dinastia brasileira veio justamente no feminino. Amanda Nunes foi a dona do cinturão do peso-galo durante cinco anos e ganhou também o do peso-pena, sendo a primeira campeã de duas categorias. Ela anunciou a aposentadoria do octógono em junho, após vencer a mexicana Irene Aldana.
Como funciona o UFC por ranking, muito provavelmente o cinturão do peso galo feminino será disputado pela líder Julianna Peña, da Venezuela, e a segunda colocada, a norte-americana Raquel Pennington.
Foto: Vladislav Bychkov / Unsplash