Após cinco dias em território venezuelano, a seleção da Coreia do Norte deixou a América do Sul muda. A promessa de que haveria uma entrevista coletiva do técnico Kim Jong-Hun após o segundo amistoso contra a Venezuela não foi cumprida, o que contribuiu para o clima de mistério e restrição severa à liberdade de expressão que ronda o país de regime político e cultura mais fechados do mundo.
Por isso, foi difícil saber durante quase uma semana qual é o pensamento do grupo que será o primeiro adversário do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul. Se mostraram pouca coisa quando falaram com as pernas, os norte-coreanos disseram ainda menos com as palavras. Para saber algo mais, apenas com muita observação.
Ficou clara, por exemplo, a presença de agentes do governo da Coreia do Norte todo o tempo ao lado de jogadores e comissão técnica. Nem mesmo o empresário francês Alexandre Cadet, responsável por promover a turnê latino-americana dos asiáticos, foi capaz de dizer ao certo qual a função exata de cada um. Segundo ele, que convive com a seleção há um ano, a probabilidade é que sejam integrantes do Ministério dos Esportes, órgão ligado a um regime marcado pelo totalitarismo do ditador Kim Jon-Il.
A figura do presidente, aliás, é onipresente. Não apenas no comportamento dos norte-coreanos, mas também nos broches localizados nas lapelas dos paletós dos membros do governo. Portanto, o cheiro de censura é forte, mas segundo os norte-coreanos, trata-se apenas de dificuldade de comunicação.
– Não há qualquer proibição de entrevistas, mas é que nenhum dos jogador fala inglês, no máximo algumas poucas palavras. Por isso, não sentem-se à vontade – explicou Kim Myong-Chol, intérprete oficial da delegação norte-coreana, que ao menos no que diz respeito ao relacionamento com a imprensa, não foi muito útil na passagem da seleção pela Venezuela.
Único membro do grupo norte-coreano a conversar com a imprensa brasileira, Kim Myong-Chol, explicou, em inglês, o sentimento do grupo por enfrentar a seleção de Dunga no dia 15 de junho, na cidade de Joanesburgo.
– Há uma ansiedade grande, pois somos um povo apaixonado por futebol, que é um esporte muito popular em nosso país. É um orgulho e uma honra muito grandes enfrentarmos a melhor seleção do mundo – disse.
E com poucas palavras, o intérprete traduziu quais serão as intenções da Coreia do Norte a partir da primeira rodada do Mundial da África do Sul.
– Estamos muito confiantes. Se não fosse assim, nem disputaríamos a Copa do Mundo.
O próximo destino da seleção norte-coreana é o México, onde haverá um amistoso contra a seleção local no dia 17, na cidade de Torreón.
globoesporte.com
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