O lateral-direito Pedro Lima, que completa 18 anos nesta segunda-feira, acaba de se tornar a maior venda da história do futebol do Nordeste, em uma negociação de 10 milhões de euros (R$ 60 milhões) com o Wolverhampton, da Premier League. Apelidado de “herdeiro de Cafu” pela imprensa europeia, o jovem talento revelado pelo Sport Club do Recife tem uma história inspiradora que o levou do futsal nas ruas de Cabedelo, na Paraíba, ao estrelato internacional.
Pedro Lima nasceu em uma família humilde em Cabedelo, na Paraíba. Sua mãe, Micheline da Silva Cardoso, era manicure, o avô pescador e a avó empregada doméstica. Desde cedo, ele demonstrava um talento especial para o futebol, jogando nas quadras de futsal da região. Aos oito anos, já se destacava em uma escolinha de futsal em Cabedelo e logo foi convidado para treinar no Esporte Clube Meninos da Paraíba, na capital João Pessoa.
A trajetória de Pedro Lima não foi fácil. Ele enfrentou diversos desafios, incluindo testes em grandes clubes brasileiros como Fluminense, São Paulo, Bahia e Flamengo que não resultaram em sua contratação. Durante esse período, ele também teve que se adaptar a uma nova posição, mudando de volante para lateral-direito a pedido de seu mentor, Renato Guimarães.
Em 2019, aos 15 anos, Pedro finalmente realizou seu sonho de ingressar no Sport Club do Recife. Em pouco tempo, ele se destacou nas categorias de base do clube pernambucano e logo foi convocado para a Copa do Mundo Sub-17 em 2023, onde foi titular em todos os cinco jogos da seleção brasileira.
Com apenas 17 anos, Pedro Lima já era um dos jogadores mais promissores do Brasil. Sua ascensão meteórica atraiu a atenção de gigantes do futebol mundial, como Manchester City, Liverpool, Real Madrid e Chelsea. No entanto, foi o Wolverhampton que acabou contratando o jovem lateral por R$ 60 milhões, superando a marca anterior de venda de um jogador do Nordeste.
Pedro Lima tem planos ambiciosos para sua carreira. Ele deseja se tornar titular no Wolverhampton, disputar a Copa do Mundo Sub-20 em 2025, chegar à seleção brasileira principal e, finalmente, ser convocado para a Copa do Mundo de 2026. Sua história de superação e talento o tornam um dos jovens jogadores mais promissores do futebol brasileiro, com um futuro promissor pela frente.
