Treze e Botafogo fazem hoje à tarde o primeiro clássico entre as duas equipes neste ano, às 17 horas, no Presidente Vargas, em partida válida pela quarta rodada da segunda fase do Campeonato Paraibano. O clima deste primeiro duelo do ano promete ser acirrado. De um lado, o Galo, que não foi bem na Copa do Nordeste, quer convencer no Paraibano. Do outro, o Belo busca repetir o bom desempenho que teve no ano passado, quando conquistou o Estadual e a Série D do Brasileirão.
Porém, o objetivo é o mesmo: vencer o clássico, ganhar moral e quem sabe entrar no G-2, a zona de classificação para as semifinais da competição. No último encontro das duas equipes, o Botafogo goleou o Treze por 3 a 0, e de quebra foi campeão estadual depois de 10 anos.
Para o confronto, o Treze terá força máxima e o goleiro Gilson espera um comportamento bastante diferente do meio de semana, quando o time sofreu a virada jogando no Marizão e perdeu a liderança para o Sousa.
“Fizemos um jogo muito ruim contra o Sousa e precisamos de um desempenho diferente. A qualidade do Botafogo é totalmente diferente e cada jogador precisa chamar a responsabilidade”, destacou.
Na quinta-feira, a diretoria do Treze conseguiu a transferência da partida para o Estádio Vargas (PV), que é favorável para o elenco, que treina no local. Porém, a responsabilidade aumenta ainda mais.
“A atitude e responsabilidade que não tivemos contra o Sousa não pode faltar contra o Botafogo. Só assim vamos conseguir a vitória. É um jogo muito difícil, uma partida que é um divisor de águas. Mas com personalidade vamos vencer”, disse Gilson.
Troca de estádio não preocupa o Belo
Na última quinta-feira, a Federação Paraibana de Futebol oficializou a troca do lugar da partida à pedido do Treze. Do Amigão, o jogo passou para o presidente Vargas – que pertence ao próprio Galo. Isso na expectativa de que os torcedores presentes empurrem ainda mais o time à vitória sobre o maior rival.
Para o elenco do Botafogo, a mudança de local pouca interfere. O volante Pio, que já jogou no estádio, adverte para manter a ‘cabeça no lugar’ durante o confronto.
“Vai ser bem dificil, porque é um clássico. É o principal rival do Botafogo. Clássico todo jogador quer disputar, ainda mais naquele caldeirão, que é muito gostoso de se jogar. A torcida vai estar pressionando, mas temos que ter a cabeça no lugar”, advertiu Pio.
O confronto antecede o duelo contra o Goiás pela Copa do Brasil. Mas, para o técnico Marcelo Vilar, não é momento para poupar atleta.
“Não temos outra saída. É classico e o Campeonato Paraibano é muito importante para nós também. Se for preciso fazer uma modificação ou outra, não é no sentido de poupar, mas de jogar mais forte em Campina”, disse Marcelo Vilar.
Frontini reencontra o Galo
Outro elemento do confronto desta tarde é o reencontro de Frontini e Treze. Hoje no Botafogo, o atacante fez dois gols na vitória do Vila Nova de Goiás sobre o Treze, que eliminou o Galo da Série C do Brasileirão. O encontro com o Galo acontece justamente no momento em que o jogador amarga um jejum de oito jogos sem marcar. O único tento feito por ele foi contra o Sport, na estreia do Botafogo na Copa do Nordeste, diante do Sport, que terminou em um empate em 1 a 1.
“Não posso me sentir tranquilo, pois são sete, oito jogos e fiz apenas 1. Se ficar tranquilo, não sou eu. Tenho me cobrado, tenho trabalhado muito. Daqui a pouco o gol aparece”, disse o atacante.Frontini prega respeito ao Treze, mas, ao ser perguntado sobre a sua façanha passada sobre o Treze e o jejum de gols, ele brinca:
“Fui feliz naquele jogo do Vila Nova, em que a gente conseguiu sair com o acesso. Espero sair com acesso aqui também. Então, é trabalhar para, se for isso aí de que sempre faz gol contra Treze, que seja mesmo, porque estou precisando”, brincou o jogador , que aproveitou a ocasião para pedir paz.
“Vamos respeitar. Fora de campo tem direito de protestar, mas que seja o clássico da paz. Tem que se respeitar. O objetivo dos dois times é simples, é só buscar os três pontos”, disse.
Esquerdinha é destaque
Principal destaque do Treze nas estréias na Copa do Brasil e no Campeonato Paraibano, o meio-campista Esquerdinha, que disputou o estadual do ano passado pelo Sousa, diz viver a melhor fase de sua carreira. “Creio que sim. Graças a Deus fazendo gols nesse novo começo para o Treze. Dois jogos, dois gols. Dois bons resultados para a equipe do Galo e esperamos dar sequência ao trabalho com vitórias e gols”, disse. Hoje o jogador deve ser titular contra o Botafogo.
O atleta entrou na vaga de Clebson, que mesmo recuperado de lesão não conseguiu tirar o canhoto do time titular. “Isso é bom para o treinador. Uma dor de cabeça saudável para decidir o que é melhor para a equipe. Clebson está fazendo falta a gente que está ali”, destacou, lembrando que está aproveitando a chance da melhor maneira possível. “As oportunidades chegam sem avisar e você tem que estar pronto toda hora e todo momento, para que possa impor o ritmo de jogo e dar conta do recado “.
Esquerdinha, que tem como principal característica armar as jogadas ofensivas do time, não tem a vaidade de marcar gols todos os jogos, mas comemora a grande fase. “O importante é ajudar a equipe, o treinador no esquema tático. Gols são conseqüência e graças a Deus não estão faltando”, comentou.
Segundo ele, a boa fase fora dos gramados também tem influenciado, assim como a pitada de sorte do cabelo à La Caça Rato (folclórico atacante do Santa Cruz de Recife). “Mudar é sempre bom e o cabelo tem dado sorte. Mas, o mais importante é estar bem dentro e fora de campo. Ver sua família bem, seus amigos bem influencia e ajuda na hora de desempenhar seu papel dentro das quatro linhas”, completou.
Correio da PB
