A seleção brasileira está praticamente definida para a estreia na Copa do Mundo, contra a Coreia do Norte, nesta terça-feira (15), mas o técnico Dunga tem apenas 48 horas para resolver problemas fora de campo e amenizar uma instável relação com a imprensa, que pode aumentar a pressão sobre o time se algo der errado diante do time asiático.
A nova polêmica é a possível represália de Dunga à cobertura jornalística na Copa. Muitos veículos de comunicação consideraram o treino fechado deste sábado (12) uma vingança contra a imprensa pela repercussão da entrada de Daniel Alves em Julio Baptista em um treinamento.
A assessoria de imprensa da CBF nega a represália, mas as atitudes de Dunga vêm causando um “racha” nas entrevistas coletivas da seleção. Um resultado ruim contra a Coreia do Norte, mesmo que seja uma vitória não convincente, certamente dificultará ainda mais essa relação. E, embora Dunga mostre dar pouca importância para as críticas, elas têm a sua relevância dentro da seleção.
Tudo começou na convocação, quando o treinador não chamou os santistas Neymar e Paulo Henrique Ganso, nem o meia Ronaldinho Gaúcho. Depois, a reclusão da seleção em Curitiba e as críticas ao sistema rígido do treinador estremeceram a relação.
Dentro de campo, Dunga não tem dúvidas para a estreia. O time deve mesmo ser Julio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Após a recuperação do goleiro Julio César, o medo das lesões diminuiu, não apenas em relação ao arqueiro, mas também com Kaká e Luís Fabiano, maiores preocupações na apresentação da seleção, em Curitiba.
Taticamente, o treinador ainda tenta resolver dois problemas. O primeiro está nos avanços de Michel Bastos. O lateral-esquerdo, que vem jogando como meia no Lyon, tem a tendência a deixar a defesa desguarnecida daquele lado. Esse foi um dos problemas do Brasil nos amistosos contra Zimbábue e Tanzânia.
O outro ponto a causar desconfiança é Felipe Melo. O volante jogou mal na Tanzânia e ainda suscita dúvidas quanto ao seu comportamento. A grande quantidade de cartões recebidos pelo jogador é uma preocupação de possíveis expulsões na Copa.
R7